Medidas antiterroristas violam direitos das mulheres
Aparato contra terror tem impedido até gestantes de serem assistidas na hora do parto; relator da ONU pede garantia de asilo para mulheres que abrigam terroristas lembrando que elas fazem isso sob ameaça de morte.
Publicado 28/10/2009 21:13
As medidas antiterroristas tem afetado principalmente as mulheres. A afirmação consta de documento divulgado nesta segunda-feira pelo relator da ONU para promoção e proteção dos direitos humanos, Martin Scheinin.
O relatório mostra como os direitos básicos femininos estão sendo violados na guerra contra o terrorismo e traz recomendações para os estados membros da ONU.
Exemplos
Martin Scheinin cita casos de violações, como o fato de o aparato de segurança de Israel estar impedindo gestantes de chegarem ao hospital para dar à luz.
Já os Estados Unidos, segundo o relator, tem negado asilo a mulheres sob alegação de que elas dão suporte material para terroristas. Scheinin lembra, no entanto, que as mulheres fazem isso sob mira de uma arma.
Entre outras questões de gênero, o documento feito pelo perito da ONU cita os constantes relatos de humilhação sexual feminina durante interrogatórios relacionados com crimes de terror.
O relatório traz ainda recomendações, como o retorno da garantia de asilo a mulheres nessa situação e o fim da detenção de pessoas do sexo feminino com a finalidade única de obter informações sobre o paradeiro de homens suspeitos de terrorismo.
Fonte: Rádio das Nações Unidas