Obras de estradas podem atrasar no Piauí por falta de asfalto

O grande volume de obras de asfalto em andamento já está provocando a falta de emulsão asfáltica e ligante no Piauí, e por conta disso em mais de 2 mil quilômetros de rodovias as obras estão mais lentas e podem sofrer atrasos no prazo de construção.

Sem asfalto - Reprodução
São estradas que interligam as cidades, levando mais desenvolvimento ao interior, e também o asfaltamento de centros urbanos em cidades como Luzilândia, Floriano, Uruçuí, Oeiras, entre outras.

O governador Wellington Dias já se reuniu com o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar sobre a escassez de emulsão asfáltica e o retardamento de obras no Estado. Wellington Dias esteve também com o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrieli, e com o presidente da BR Distribuidora, José Lima.

Segundo o governador, o presidente Lula determinou a compra de emulsão asfáltica na Venezuela e o primeiro carregamento chegará nos próximos dias. A BR Distribuidora, por sua vez, vai enviar um técnico a Teresina, em novembro, para uma reunião com representantes da Secretaria Estadual dos Transportes (Setrans), Departamento Estadual de Estradas de Rodagens (DER), construtores e sindicatos da construção civil para a definição de um calendário seguro para essas obras, que incluem também os aeroportos das cidades de Floriano, Parnaíba e Picos e mais cerca de mil quilômetros de estradas que serão construídas como parte de um segundo contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES). Além disso, Lula determinou à Petrobras investir em mais três bases de produção de emulsão asfáltica e ligante no Estado da Bahia.

A situação preocupa o engenheiro Humberto Castro, diretor da Construtora Jurema, uma das principais empreiteiras do Estado. Ele admite o atraso no início e na conclusão de estradas, por conta da falta de asfalto. Uma das estradas que será concluída com atraso é a que liga Canto do Buriti a Elizeu Martins. “Neste trecho, as obras estão andando de maneira lenta, mas estão andando. Já a estrada Canto do Buriti-São Raimundo Nonato-divisa com a Bahia, de 160 quilômetros de extensão, não foi nem iniciada, por falta de asfalto”, diz o engenheiro.

O secretário estadual dos Transportes, Luciano Paes Landim, confirma as dificuldades das construtoras e cita outras estradas que sofrerão atraso. Segundo ele, os trechos Alto Longa-Altos, Altos-Coivara, Campinas-Simplício Mendes e Prata-São Miguel da Baixa Grande estão com obras atrasadas por falta de asfalto.