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Brasil elogia acordo em Honduras e quer rapidez na restituição

O Itamaraty divulgou há pouco uma nota dizendo que o governo brasileiro recebeu com satisfação a notícia do acordo fechado em Tegucicalpa entre o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, e o governo interino daquele país. Na visão do Itamaraty, o entendimento "cria as condições para o restabelecimento da ordem democrática em Honduras".

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a expectativa do governo brasileiro é que a normalidade institucional se restabeleça "dentro do mais breve prazo em Honduras", com a volta de Zelaya ao poder. "Ao congratular o povo hondurenho pelo desfecho pacífico da crise, o Brasil confia em que o acordo ontem alcançado permita a plena reintegração de Honduras ao sistema interamericano e internacional e a pronta normalização da situação de sua Embaixada em Tegucigalpa", diz a nota.

Nas negociações desta quinta-feira, foi superado o último impasse no acordo, o ponto que diz respeito justamente ao futuro de Zelaya. Enquanto o governo Micheletti pedia que a decisão sobre o eventual retorno de Zelaya à presidência fosse responsabilidade da Justiça, os negociadores do presidente deposto defendiam que essa deveria ser tarefa do Congresso. Ontem, Micheletti cedeu e o acordo foi fechado como pedia Zelaya.

Honduras, país centro-americano com pouca influência política e econômica do Brasil, virou um grande tema nacional depois que Zelaya abrigou-se na embaixada brasileira, ao retornar a Tegucigalpa, em setembro. A volta de Zelaya foi estratégica, à medida que pressionou o governo golpista a reconduzi-lo ao cargo do qual tinha sido expulso em junho. Desde a volta de Zelaya a Honduras, a embaixada brasileira foi alvo de um cerco dos militares golpistas.

OEA

O Conselho Permanente da OEA (Organização dos Estados Americanos) marcou reunião extraordinária nesta sexta-feira (30) para revisar o acordo político de Honduras, em que os governos provisório e deposto abrem caminho para encerrar a crise. A reunião ocorre a partir das 15h de Washington (17h de Brasília).

A OEA suspendeu Honduras de seu quadro depois do golpe e trabalhou ativamente para resolver pacificamente a crise, defendendo a volta do presidente deposto, Manuel Zelaya, ao poder. O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, afirmou que, assinado o acordo, já começou a preparar a missão que vai observar as eleições presidenciais hondurenhas, marcadas para 29 de novembro. Mas, para levantar a suspensão a Honduras, ainda será necessário convocar a Assembleia Geral da entidade.

Com agências