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Missão da Fifa inicia auditoria na Bolívia

Uma delegação da Fifa visitou o presidente boliviano, Evo Morales, na segunda-feira (2), no início de uma missão de cinco dias para realizar um auditoria completa do futebol do país.

O treinador colombiano Francisco Maturana era um dos membros da delegação enviada pela entidade que rege o futebol para ajudar a federação boliviana (FBF) a superar uma crise evidenciada na pobre campanha da seleção local nas eliminatórias sul-americanas para o Mundial de 2010, na qual ficou em penúltimo lugar.

"Já está em nosso país a equipe da Fifa que realizará uma auditoria do futebol nacional e sua avaliação será importante para as mudanças que os dirigentes vêm trabalhando", disse a FBF em comunicado.

Morales recebeu os enviados da Fifa no Palácio do Governo, em uma incomum audiência no feriado, dia de finados, e revelou que no encontro foi inevitável tratar do tema de um possível veto do futebol internacional a cidades em grandes altitudes, como La Paz, que está 3.600 metros acima do nível do mar.

"Disse que serei defensor da Fifa, defensor dos princípios filosóficos da Fifa, que coloca em seus estatutos que o futebol é universal e não discrimina, integra", disse o mandatário boliviano após o encontro, segundo a agência de notícias ABI.

Maturana mostrou-se receptivo aos argumentos bolivianos. Segundo ele, "a Bolívia não deve ser temida nos campeonatos internacionais de futebol por sua altitude geográfica mas sim por sua técnica de jogo".

"A altitude é apenas uma ajuda, mas não é o mais importante no futebol. O mais importante é a parte técnica, então há que se preocupar mais em tentar resolver e potencializar a condição técnica do jogador boliviano", disse à mídia.

"Estou certo de que será um de nossos aliados para defender não somente o futebol, mas sua universalidade", acrescentou Morales.

O técnico colombiano considerou a posição de Morales "legítima e forte", ainda que tenha advertido a Bolívia que ela deve se concentrar seus esforços em resolver as questões técnicas na quais está atrasada.

Fonte: Correio do Brasil e Agência Boliviana de Notícias