Edvaldo faz relato sobre viagem à Bolívia

O presidente da Aleac, deputado Edvaldo Magalhães, fez um breve relato sobre a viagem da delegação de parlamentares para a Bolívia durante a sessão desta terça-feira, 03.

A viagem, à capital La Paz e à cidade de Santa Cruz de la Sierra, entre os dias 27 e 31 de outubro, teve como objetivo checar de perto as condições de vida dos estudantes acreanos naquele país e buscar soluções para os eventuais problemas. A viagem resultou em uma série de eventos que terão seus desdobramentos nos próximos dias. "Nós esperávamos um bom resultado, mas nem imaginávamos que o sucesso fosse tão maiúsculo", disse Edvaldo.

A delegação foi composta reunindo deputados da base aliada ao governo e da bancada de oposição: Edvaldo (PCdoB), Helder Paiva (PR), 1º vice-presidente, Ney Amorim, líder do PT, Delorgem Campos (PSB), Walter Prado (PDT), Luiz Calixto (PSL), Luis Gonzaga e Donald Fernandes (PSDB) e Josemir Anute (PSL).

A viagem começou por Cobija. O vôo, que deveria partir às 16h30, teve um atraso de quatro horas chegando à capital boliviana apenas à noite. Mesmo assim, os nove deputados foram esperados num hotel por dois senadores bolivianos. No dia seguinte, ainda pela manhã, os deputados foram recebidos em audiência pelos ministros da Educação e da Justiça. Roberto Aguilar, da Educação, ficou de enviar seu vice-ministro para um seminário que será realizado no fim de novembro em Cobija envolvendo os governadores, parlamentares e membros do Poder Judiciários do Departamento de Pando e do Acre.

No velho prédio do ministério da Justiça, no centro de La Paz, a ministra Celima Torrico, uma campesina de Cochabamba que encantou até mesmo ao oposicionista Luiz Calixto, deu sua palavra de que uma comissão especial será designada para apurar as denúncias de maus tratos aos estudantes em Santa Cruz de la Sierra, onde há cerca de 5 mil brasileiros nas universidades, dentre eles dois mil acreanos.

Naquela cidade, quinta-feira, os deputados realizaram duas audiências públicas. Pela manhã, na Unabol (Universidade de Aquino da Bolívia) e à tarde na Universidade Cristã da Bolívia (Ucebol). Foram mais de seis horas de trabalho, com os estudantes reclamando do tratamento dispensado a eles pela polícia e pelos diplomatas no Consulado brasileiro.

Dois estudantes foram escolhidos em cada uma das universidades para reunir-se com o cônsul-geral do Brasil, Roberto Costa, que participou das duas audiências ouvindo queixas e até um pedido de demissão dos funcionários. Outros dois estudantes, uma amazonense e um acreano, vão acompanhar uma nova delegação de deputados, desta vez a Brasília, onde vão se reunir com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

João Maurício

Agência Aleac