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CTB levará mais de 4 mil pessoas à Marcha da Classe Trabalhadora

A mobilização para a 6ª Marcha da Classe Trabalhadora em Brasília — que as centrais sindicais estão organizando para o dia 11 de novembro — entrou na reta final. Segundo Wagner Gomes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), é preciso intensificar o trabalho nos estados para garantir uma ampla representação classista na defesa da redução da jornada de trabalho.

A meta da central, segundo Wagner, é levar mais de 4 mil trabalhadores para a Brasília, e diversas caravanas estão sendo organizadas pelas CTBs estaduais. “Será a maior mobilização já realizada pelas centrais sindicais. Se houver pressão dos trabalhadores, há possibilidade real de conquistarmos uma grande vitória com a aprovação da redução da jornada de trabalho para 40 horas”, diz o presidente da CTB.

De acordo com Wagner, a CTB já preparou bandeiras, faixas, cartazes, camisetas e adesivos para garantir visibilidade à principal reivindicação dos trabalhadores. “A 6ª Marcha, que está sendo organizada em conjunto por todas as centrais sindicais, será um momento importante para a classe trabalhadora, sendo necessário o maior empenho dos sindicalistas classistas para garantir uma ampla mobilização.”

Diversas bases estaduais da central começam a divulgar dados de sua mobilização. “Estamos organizando uma grande caravana composta por trabalhadores de diversas categorias de várias regiões do estado. A nossa expectativa é de mobilizar mais de 200 pessoas”, afirma Adilson Araújo, presidente da CTB da Bahia.

Em Minas Gerais a mobilização também é crescente nesta reta final dos preparativos para a 6ª Marcha. “Já garantimos a lotação de 14 ônibus e estamos prevendo levar mais de 400 pessoas a Brasília, de diversas categorias. As outras centrais também estão mobilizando os trabalhadores mineiros”, diz Zé Vieira, assessor da CTB-MG.

A CTB do Rio Grande do Sul já garantiu a lotação de três ônibus. “Estamos trabalhando para levar o maior número possível de trabalhadores e trabalhadoras de diversos ramos produtivos, como metalúrgicos, comerciários, gráficos, saúde, turismo, entre outras categorias”, afirma Guiomar Vidor, presidente da CTB-RS.

A CTB do Paraná — que está apoiando a luta de diversas categorias que estão em data-base — também se organiza para a 6ª Marcha. “Muitas categorias que representamos estão em campanha salarial, mas os trabalhadores paranaenses também estarão presentes em Brasília no próximo dia 11. Estamos organizando uma delegação que levará para a 6ª Marcha as principais bandeiras defendidas pela CTB”, declara José Agnaldo Pereira, presidente da CTB-PR.

A maior caravana classista, com 11 ônibus, deverá sair de São Paulo. “Temos como meta levar mais de 500 trabalhadores para defenderem a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução dos salários” afirmou Onofre Gonçalves, presidente da CTB-SP.

Direito justo

Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos), a jornada de trabalho no Brasil é maior que a de muitos países. Na Alemanha, a jornada semanal é de 39 horas; nos Estados Unidos, 40; na França, 38; no Japão, 43; e no Canadá, 31 horas. No Chile, a jornada semanal é de 43 horas e na Argentina, de 39.

Além de gerar mais 2 milhões de empregos, a redução da jornada de trabalho vai reduzir a exaustão física e, por consequência, o número de acidentes de trabalho ocasionados pelo cansaço. Também vai melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, que terão mais tempo para o lazer, convívio familiar, relacionamento social e qualificação profissional.

A proposta apresentada pelo deputado Vicentinho (PT/SP), que reduz a jornada de trabalho para 40 horas semanais e aumenta o valor da hora extra de 50% para 75%, foi aprovada por unanimidade na comissão especial da Câmara dos Deputados. Agora, deverá ser votada pelo plenário da Câmara em dois turnos e para ser aprovada precisa de no mínimo 308 votos. Depois seguirá para o Senado para ser aprovada também em duas votações, com no mínimo 49 votos favoráveis.

Da Redação, com informações do Portal CTB