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Lula no 12º Congresso consolida relação PT e PCdoB, diz Genoíno

A presença do presidente Luiz Inácio da Silva e ministros no ato político do 12º Congresso do PCdoB, que ocorrerá nesta sexta (6) à noite, no auditório do Anhembi, em São Paulo, é uma forma de consolidar as relações estratégicas entre a sigla comunista e o PT. A opinião é do deputado petista José Genoíno (SP) que considera o evento fundamental à luta popular e democrática da esquerda brasileira. Para estar presente no Congresso, Lula alterou sua agenda em Londres.

Além dele, estão confirmados os ministros Dilma Rousseff (Casa Cilvil), Tarso Genro (Justiça), Edson Santos (Igualdade Racial), Paulo Vannucchi (Direitos Humanos) e Orlando Silva (Esporte). Ainda estarão presentes o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) e três governadores: Sérgio Cabral (RJ), Eduardo Campos (PE) e Paulo Hartung (ES).

Segundo Genoíno, a presença de Lula e demais ministros valoriza, prestigia e consolida as relações estratégicas entre os partidos num momento em que grandes desafios estão postos como as eleições de 2010, a defesa do governo e os avanços necessários para aprofundar as mudanças.

Também, na opinião dele, essa relação tem importância crucial no enfrentamento “da velha e nova direita que está cada vez mais sofisticada seja por meio dos partidos ou pelos grandes veículos de comunicação”. Diz que uma organização popular como o PCdoB, que tem história, legitimidade e está crescendo, é muito importante na parceria estratégica com o PT.

Por essa importância histórica, o deputado afirmou que o PCdoB tem condições políticas e legitimidade para se colocar como um dos grandes protagonistas do atual projeto político que está mudando o Brasil. “O partido tem história e heroísmo na luta pela transformação econômica e social, pelo socialismo e pela democracia. Muitos militantes do partido pagaram com a sua própria vida”, disse.

“Como parceiro histórico do governo Lula, que desde a primeira eleição trabalhou militantemente pela nossa vitória, o PCdoB é parte fundamental do momento que estamos vivendo no Brasil. O resultado positivo desse Congresso reflete a política adotada pelo partido de ser, junto com o PT e outras siglas, condutores desse projeto”, argumentou.

Projeto Ciro em São Paulo

Ao comentar as articulações visando às eleições 2010, Genoíno defendeu como prioridade número a eleição da ministra Dilma Rousseff à Presidência da República. “Essa é a orientação condicionante e determinante para nós fazermos alianças nos estados que devem contar com partido de esquerda como o PCdoB e do centro como o PMDB”, afirmou.

Para ele, o PT tem que ser flexível para ceder espaços na cabeça de chapa para os partidos aliados. No caso de São Paulo, vê como positivo a candidatura de Ciro Gomes ao governo porque isso viabilizaria um bloco com o PT, PCdoB, PSB, PDT e PR para enfrentar a hegemonia conservadora tucana muito forte no maior centro financeiro da América Latina.

“Defendo alianças no Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais e em outros estados, seja o PT na cabeça aonde tiver candidato competitivo, seja outros partidos na cabeça. No caso de São Paulo, eu vejo com simpatia a possibilidade da candidatura Ciro”, disse.

Acredita que o PT adotou uma postura correta ao estabelecer entendimento nacional com o PMDB, PDT, PR e PCdoB. “Estamos dialogando com os companheiros do PSB e devemos partir da coalizão nacional para determinar as alianças nos estados. Acho que a base do PT compreende isso porque não podemos colocar em risco esse projeto que está mudando o Brasil e o principal é a eleição de Dilma”, considerou.

Da Sucursal de Brasília,
Iram Alfaia