Lançamento de navio teve Dilma Rousseff como madrinha

Presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Marítima, Edmilson Valentim estava satisfeito. Afinal de contas, era a segunda vez, em apenas uma semana, que tinha a oportunidade de participar de uma solenidade semelhante, pois, no dia 4, foi lançado ao mar o casco do navio petroleiro Abreu e Lima, de 70 mil toneladas, construído para a empresa venezuelana PDVSA, no estaleiro Eisa, no Rio.

“São resultados como esse que dão a dimensão exata de nosso trabalho como representante do povo. Estimular, defender e proteger os interesses sociais e econômicos da indústria marítima nacional são os deveres da nossa Frente Parlamentar e eu me sinto muito à vontade nesse papel, pois sempre defendi que lutar para tornar empresas fortes é lutar pela garantia de mais postos de trabalho para os brasileiros. Quem viu a indústria naval fluminense, antes líder nacional, praticamente desativada, há cerca de dez anos atrás, hoje se espanta tamanha é a movimentação do setor. Trabalho muito como deputado por esse desenvolvimento e nunca duvidei de que governos, empresários e trabalhadores, unidos, lado a lado com os sindicalistas, dariam a volta por cima”, declarou Edmilson.

Integração

Durante a cerimônia, o Governador Sérgio Cabral destacou o momento estruturante favorável que vive o Estado do Rio, com fortes investimentos público-privados, como o Complexo Petroquímico de Itaboraí (US$ 8,5 bilhões) e um novo estaleiro para a construção de submarinos convencionais e nucleares que a Marinha vai executar junto com a construtora Norberto Odebrecht e o governo da França, em Itaguaí, em consequência da parceria entre a União e o governo fluminense.

“O Rio de Janeiro vive um grande astral, fruto de uma grande relação com o presidente Lula, que teve a sabedoria de colocar como se fosse primeira-ministra, comandante de um governo, a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Por isso, o nosso estado recebe um volume grande de recursos. Além disso, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) tem aqui, no Estado do Rio, um volume imenso de investimentos”, observou o governador.

Em discurso aos presentes, Dilma Rousseff, por sua vez, ressaltou o momento de comemorações e conquistas que o lançamento do Skandi Ipanema marca para a indústria marítima brasileira como um todo:

“A parceria trabalhador, empresário e governo é a parceria da vitória do país”, assinalou a ministra, lembrando, ao mesmo tempo, que o evento se tornou mais um símbolo da retomada do setor naval.

Dilma lembrou que, até 2003, o usual no país era importar navios e plataformas de petróleo e gás, gerando receita e empregos na Coreia do Sul, Cingapura e países detentores de tecnologia para a fabricação desses equipamentos, enquanto no Brasil, que, antes era o segundo produtor de navios do mundo, os estaleiros estavam quebrados e abandonados.

“O presidente Lula, quando iniciou seu primeiro governo, determinou que a Petrobrás contratasse todos os equipamentos que pudessem ser produzidos aqui no país. Hoje, a realidade é esta que estamos vendo: muitos estaleiros que estavam praticamente desativados fazem ressurgir a indústria naval e offshore no Brasil. E, a camada de petróleo do pré-sal, que mal começou a ser explorada, vai dar sequência ao que começamos lá em 2003”, festejou Dilma, saudando os trabalhadores do estaleiro.

O lançamento do navio, pertencente ao armador norueguês NorSkan Offshore, ocorreu no estaleiro STX Brazil Offshore. Estiveram também presentes à solenidade: o vice-governador e secretário estadual de Obras, Luiz Fernando Pezão; o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, Julio Bueno; o prefeito de Quissamã, Armando Cordeiro, e os presidentes da Transpetro, Sérgio Machado, da NorSkan, Hans Ellingsen, do STX Brazil Offshore, Waldemiro Arantes Filho, da CTB-RJ (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Maurício Ramos, e do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio, Alex Santos, entre outros convidados.