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Desemprego ameaça a recuperação econômica mundial

No ambiente internacional em que o desemprego continua ameaçando as hesitantes economias em recuperação dos EUA e da Europa e os "obesos" déficits fiscais sendo alimentados pelos pacotes das medidas de tonificação da economia, os ministros de Economia do G-20 se encontraram há alguns dias, pela terceira vez neste ano.

Por Laura Brit, no Monitor Mercantil

O objetivo de seu encontro foi a busca de formas para "cercar e blindar" a já visível recuperação econômica e serem equilibrados os desequilíbrios na economia mundial. A pequena cidade litorânea de Saint Andrews, na Escócia, sediou o convescote dos ministros, que foi realizado em clima um pouco melhor do que os anteriores, porque neste meio tempo surgiram dados que, por enquanto, insinuam ocorrência de recuperação nos EUA, Japão, Alemanha e França.

Contudo, o espectro do desemprego continua ameaçando as economias, desaconselhando qualquer mudança essencial nas políticas monetária e econômica. O desemprego nos EUA explodiu mês passado, para 10,2%, um dos mais elevados níveis dos últimos 26 anos. O presidente Obama declarou que não abandonará a batalha "até que todos os norte-americanos que queiram trabalhar possam fazê-lo". Contudo, por ora, aumentou o número de semanas da vigência do salário-desemprego.

O quadro do mercado de trabalho nos EUA inviabiliza qualquer aumento das taxas de juros e confirma a posição do Federal Reserve (Fed), que as manteve – por uma vez mais – nos níveis de zero a 0,25%. E um dia antes haviam sido divulgados dados decepcionantes sobre a ocupação na Zona do Euro, onde o número dos trabalhadores empregados foi reduzido a 145,5 milhões (1,8%), do segundo trimestre do ano passado até o correspondente período deste ano.

Durante o convescote dos ministros de Economia, Allister Darling, o britânico titular da pasta, recordou aos colegas o compromisso assumido pelo G20 em setembro deste ano, em Pittsburg, para que as medidas de tonificação da economia não sejam canceladas antes que a recuperação esteja garantida. "Este compromisso permanece em vigor", segundo Darling, apesar das insinuações sobre seu iminente cancelamento, lançadas de tempos em tempos por autoridades norte-americanas e da União Européia (UE).