Sem categoria

Embaixador americano adverte contra envio de mais tropas a Cabul

Pouco depois que os principais assessores de Obama em política externa e segurança nacional se mostraram a favor do envio de pelo menos 30 mil soldados para o Afeganistão, o embaixador dos Estados Unidos em Cabul advertiu a Casa Branca contra um novo aumento de tropas.

Em uma postura que o faz enfrentar os comandos militares estadunidenses, o embaixador dos Estados Unidos no Afeganistão, Karl Eikenberry, enviou uma mensagem à Casa Branca na qual adverte contra o aumento substancial do contingente militar americano no Afeganistão, planejado pela administração Obama.

Segundo publicou o jornal The Washington Post, Eikenberry irrompeu no debate sobre a estratégia no Afeganistão com duas cartas dirigidas a Obama, nais quais considera que o envio de mais soldados de pouco serviria, se não há mostras de que o presidente Karzai, recentemente reeleito, é capaz de estabilizar o país e lutar contra a corrupção.

Eikenberry, que foi comandante do exército no Afeganistão, está preocupado que o envio de mais tropas aumente a dependência das forças armadas locais frente às de ocupação.

O embaixador não confia muito que Karzai combata de fato a corrupção nos níveis mais elevados do seu governo. Além disso, Eikenberry se diz preocupado pela lentidão que existe na chegada de auxílio para a reconstrução do país e para a cooperação.

Até agora Eikenberry tinha se mantido à margem das decisões militares, embora tenha solicitado há alguns meses, a Obama, que fossem enviados para o país cerca de US$ 2,5 bilhões para despesas não militares.

Os secretários de Defesa e de Estado, Robert Gates e Hillary Clinton, assim como o chefe do Estado Maior ~Conjunto, Mike Mullen, haviam defendido o envio de pelo menos 30 mil soldados americanos para o país, para "garantir o êxito" da "missão de estabilização".

Por seu lado, o presidente Obama continua sem anunciar sua nova estratégia para a região e continua condicionando sua decisão a um compromisso maior por parte dos governos do Afeganistão e Paquistão.

Fonte: AsiaRed