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Senador defende permanência de Cesare Battisti

O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) defende a permanência do italiano Cesare Battisti no Brasil. O julgamento da extradição de Battisti será retomado no Suprmeo tribunal Federal (STF) na tarde desta quinta-feira (12). Em pronunciamento no Plenário do Senado, nesta quarta-feira (11), Inácio disse esperar que o Supremo não aceite o pedido de extradição feito pelo governo da Itália. Battisti foi condenado em seu país pela suposta participação em quatro assassinatos, ocorridos na década de 1970.

“Pessoalmente não conheço Cesare Battisti, mas sou solidário com a sua causa e tenho me empenhado com nossos colegas senadores para que haja sensibilidade do Supremo Tribunal Federal”, disse o parlamentar, após visita aos Ministros do Supremo, que vão julgar o caso de extradição.

Inácio comparou a eventual extradição de Battisti à de Olga Benario, então mulher de Luís Carlos Prestes, que foi morta em um campo de concentração nazista: “Também foi uma decisão tomada pelo Estado brasileiro que levou para as mãos dos nazistas Olga Benário Prestes. Eu lamentaria muito se esse episódio se repetisse no Brasil”, afirmou.

O senador lembrou ainda a tentativa do governo dos Estados Unidos de deportar John Lennon e sua mulher, Yoko Ono, que incomodavam o governo americano com sua postura pacifista e de apoio aos protestos contra a guerra do Vietnan.

“Assisti a um documentário que falava sobre como foram forjadas sucessivamente provas para banir John Lennon do território americano. Ele foi acusado de uso de drogas pelas forças de segurança americanas para justificar a sua deportação. Mas resistiu bravamente, pois era um pacifista, um ativista em defesa da paz no mundo e não só nos Estados Unidos. Suas músicas e versos incomodavam o império que a todos atacava e continua atacando até hoje”, declarou.

Ao apoiar o discurso, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que a decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, de conceder o status de refugiado político a Battisti foi uma decisão correta tanto do ponto de vista jurídico como do humanitário.

Da sucursal de Brasília