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IOF não faz cócegas: Estrangeiros batem recorde em dívida pública

A introdução da cobrança de 2% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os investidores internacionais que aplicam no mercado financeiro brasileiro não impediu que a participação de estrangeiros na dívida pública interna fosse recorde em outubro, segundo dados do Tesouro Nacional.

Ou seja, com o Brasil praticando a terceira maior taxa de juros reais do mundo e bolsa inflada, pagar apenas 2% de imposto não afeta apenas residualmente os ganhos financeiros dos estrangeiros.

Segundo o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, os estrangeiros responderam por 7,68% da dívida mobiliária (em títulos) interna mês passado. Em setembro, quando o percentual também fora recorde, a fatia era de 7,16%.
Em valores absolutos, a aplicação dos estrangeiros na dívida mobiliária interna também bateu recorde. Subiu de R$ 95,9 bilhões, em setembro, para R$ 101,6 bilhões, no último mês.

Como a taxação do capital estrangeiro entrou em vigor em 19 de outubro, Garrido disse ainda não ser possível estimar o impacto do IOF sobre as aplicações financeiras dos estrangeiros. "Ainda é muito cedo para afirmar se a tendência de aumento da participação dos estrangeiros se manterá", declarou o coordenador.

Ele, no entanto, disse que o IOF pode não ter grande efeito sobre a maior parte dos investidores externos, que estão interessados em títulos prefixados de longo prazo. "Para os investidores interessados no longo prazo, o efeito do IOF é menos significativo porque a cobrança do imposto não fará muita diferença", afirmou Garrido.
Segundo ele, outubro foi marcado por forte pressão dos investidores por juros ainda mais elevados.

A informação é do Monitor Mercantil