Seminário prepara Cuca da UNE para Conferência de Cultura
De 19 a 22 de novembro o 10º Seminário do Centro de Cultura e Arte da União Nacional dos Estudantes (Cuca da UNE), no Centro de Artes Hélio Oiticica, na cidade do Rio de Janeiro, concentrou vários Brasis, reunindo gente de Norte a Sul do país.
Publicado 24/11/2009 15:15

Sotaques nortistas e nordestinos misturavam-se com sulistas, mineiros, paulistas e, claro, cariocas. Um verdadeiro caldeirão de culturas em ebulição: é como podemos resumir o 10º Seminário Nacional do Cuca da UNE.
Conferência Nacional da Cultura e muito mais
Nesta edição, após muito diálogo e debates, uma série de propostas foram formuladas (vide abaixo) e serão apresentadas na Conferência Nacional de Cultura (CNC), que acontece de 11 a 14 de março de 2010, em Brasília. Na ocasião também houve o anúncio da renovação do quadro diretores do Cuca, além de apresentação das experiências e planejamento dos Cucas nos estados. Intervenções artísticas coloriram o evento e mostraram que a cultura é "o que nos mantém vivos”.
“O 10º Seminário do Cuca da UNE foi extremamente o proveitoso, especialmente porque permitiu o encontro dos artistas e estudantes que formam nossa rede nacional”, afirmou Fellipe Redó, novo coordenador geral do Cuca da UNE. Além do encontro e da maior interação dos integrantes dos Cucas de 12 estados, Redó destaca as agendas para o próximo período: a Conferência Nacional de Cultura e a construção da Teia de Cultura, marcada para abril de 2010, em Fortaleza, Ceará. “Do ponto de vista político registramos uma grande vitória: reunimos 51 participantes na Conferência Livre de Cultura, de vários estados. Possivelmente é um dos maiores debates nacionais”, disse Redó. Outro objetivo atingido foi pautar as eleições de 2010: “é a política enquanto dimensão da cultura. Para que no pleito de 2010 a gente contribua nesse entendimento. É, como diz Célio Turino, ‘politizar a cultura e culturalizar a política’”, declara.
“É um sopro de vida, que irradia. O CUCA é uma ideia que circula, que não está na cabeça de alguém, mas de 'alguéns'. Ele surge daí, a partir de seu potencial de circulação, de seu fluxo. Precisamos preencher os espaços nas universidades, e estamos no caminho”, completa Redó.
Confira abaixo as propostas aprovadas na Conferência Livre de Cultura realizada durante o seminário:
– Orçamento da Cultura (hoje é baseado no orçamento do MinC e da Lei Rouanet). Além de uma nova lei Rouanet, é necessário ampliar o orçamento do Ministério (no início do atual governo era de 0,3%, e hoje é 0,8% do PIB. Mas o volume ainda é insuficiente).
– Acesso à Cultura: aos bens de consumo e aos meios de produção de Cultura.
Relação entre Educação e Cultura: nas universidades há maior abertura. Mas as escolas são um instrumento de difusão, por isso é necessário encarar os bancos escolares como um instrumento potencial, que deve ser aproveitado.
– Profissionalização de artistas e gestores de Cultura: atualmente não há regulamentação para as atividades culturais.
– Inclusão da Cultura na Constituição como um Direito do cidadão.
Da redação, com Estudantenet