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Chávez fala grosso com banqueiros trambiqueiros

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que pode nacionalizar os bancos que violarem a legislação, afirmando que fará o que for necessário para evitar irregularidades. No último dia 20, um escândalo fez o governo assumir o comando de quatro instituições financeiras.

"Digo isto a todos os banqueiros privados do país: aquele que cometer deslizes, perde. Qualquer que seja o tamanho do banco, vou retirá-lo daquele que cometer deslizes", afirmou Chávez. Além disso, ele disse que poderá estatizar todo o sistema, se necessário. "Querem que nacionalize os bancos? Bom, não tenho problema com isso", afirmou.

Chávez disse que 16 dirigentes dos bancos sob intervenção, proibidos de sair do país, deveriam em vez disso ter sido presos, já que existe o risco de que fujam. Entre os delitos, cujas penas vão de oito a dez anos de prisão, figuram aumento de capital sem especificação da origem dos fundos, descumprimento recorrente das carteiras de crédito obrigatórias, declarações de dividendos sem autorização e realização de operações com empresas vinculadas.

O ministro das Finanças da Venezuela, Ali Rodriguez, disse nesta segunda-feira que o governo fechará as portas de quatro bancos privados que sofreram intervenções em novembro, por violarem as regulações de solvência e inexplicáveis aumentos de capitais.

Os bancos envolvidos são Banco Canarias, Bolívar, BanPro e Banco Confederada, quatro instituições de médio porte no sistema financeiro venezuelano. No total, as quatro instituições respondem por 8,8% dos ativos bancários do país.
Atualmente, 70% do sistema bancário venezuelano está nas mãos de instituições privadas, mas com a estatização do Banco da Venezuela, que pertencia ao grupo espanhol Santander, o Estado ampliou sua participação no setor em 2009.

Com agências