Derval e Bonilha não estão com históricos

 

 O secretário de Saúde de Palmas, Samuel Bonilha, confirmou nesta tarde que tanto ele quanto seu sogro, o ex-vice-prefeito de Palmas, Derval de Paiva, estão “fora” da chapa protocolada no último sábado para concorrer com o grupo de Osvaldo Reis ao diretório do PMDB. A eleição será realizada no domingo, 6. 

Nos bastidores, falava-se que Derval, juntamente com Moisés Avelino e outros peemedebistas históricos, articulavam com o ex-governador Marcelo Miranda, cassado pela Justiça Eleitoral, e com seu pai, Brito Miranda, uma chapa para derrotar Reis e o governador Carlos Henrique Gaguim. 

Bonilha, porém, disse que Derval não participou de nenhuma conversa para tratar da construção da chapa de oposição que foi protocolada.

O secretário nega qualquer problema tanto entre Derval e o grupo de Reis, quanto com relação ao grupo dos Miranda. Porém, a decisão de não compor a chapa, confirmada pelo genro, demonstra que a insatisfação de Derval de Paiva com os grupos internos do PMDB continua. 

Ele, nos últimos meses, esteve muito próximo de Marcelo, na briga contra a candidatura e Carlos Gaguim ao governo do Estado para o mandato tampão. Na época, pessoas próximas ao ex-vice-prefeito disseram que ele “prestigiou Marcelo”, que teria prometido se empenhar para viabilizar a candidatura alternativa a Gaguim. Porém, o governador cassado não teria movido uma palha. Ao invés disso, Marcelo teria se utilizado da bandeira de Derval para negociar com Gaguim.

Na versão de Samuel Bonilha, a decisão de Derval de não compor a chapa para o diretório tem uma explicação bem simples, sem conflitos: seria para ser coerente à decisão que tomou no início de outubro, quando – dias antes da decisão do partido de lançar Gaguim candidato – pediu desligamento da atual direção do partido. 

Membro nato
Apesar de não ter assinado nenhum documento, segundo o genro, autorizando a participação em qualquer uma das chapas, Derval, como todos os ex-presidentes que já comandaram o PMDB, estão, por direito garantido no estatuto, compondo as duas chapas que disputam o pleito. Além dele, estão nessa condição Osvaldo Reis, Udson Bandeira, Igor Avelino e Eudoro Pedrosa. O estatuto do partido garante a quem já presidiu o partido compor o diretório estadual.

Para não participar, efetivamente, Derval teria que apresentar um ofício pedindo a retirada do seu nome das chapas. Apesar de Bonilha deixar claro que o ex-vice-prefeito está fora da chapa protocolada no sábado, não confirma que ele vá pedir para ter o nome excluído da lista. “Ele é um membro nato. É o estatuto que dá a ele essa prerrogativa de fazer parte da direção”, disse.

Bonilha também não compõe a chapa dos “históricos”. Ele disse está muito satisfeito em fazer parte do diretório metropolitano do partido e que, por isso, optou por dar espaço no estadual para outros peemedebistas que tenham intenção de compor. (Patrícia Saturno)


Fonte: Cleber Toledo