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Israel estuda trocar 980 palestinos por soldado preso pelo Hamas

O governo de Israel analisa libertar 980 prisioneiros palestinos em troca do soldado Gilad Shalit, como parte de um acordo que pretende assinar com o grupo islâmico Hamas, revelou nesta segunda-feira uma fonte israelense.

Do total de pessoas a libertar, 450 serão escolhidos pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que mantém Shalit prisioneiro na Faixa de Gaza, e 530 serão escolhidos pelas autoridades israelenses, assinalou a Procuradoria do Estado, citada pela rádio pública israelense.

Um representante da procuradoria assegurou que os 450 palestinos inicialmente libertados deixarão a prisão de forma simultânea à devolução do militar judeu de 23 anos, e os restantes serão libertados imediatamente depois, "como um gesto de boa vontade aos palestinos".

Afirmou, além disso, que existe um ambiente favorável para se chegar a um entendimento com o Hamas, que exigia a libertação de
cerca de mil pálestinos, para concordar com a cessão de Shalit, capturado durante uma das agressões israelenses à Faixa de Gaza no verão de 2006.

"Entretanto, a lista definitiva dos palestinos presos só será divulgada depois que o acordo for assinado e ratificado por votação no gabinete de segurança", agregou a fonte israelense durante uma audiência na Corte Suprema de Israel.

Os comentários sobre o tema surgiram com a pressão da Associação de Vítimas do Terrorismo Almagor e de três familiares para que a COrte Suprema divulgue a liste de nomes de palestinos que serão libertados, entre um total de sete mil.

Entretanto, a procuradoria alertou que os nomes não serão revelados, apesar dos pedidos de setores contrários à troca, por causa de um pacto entre todos os envolvidos e o mediador alemão, que conta com o apoio do Egito, para garantir o êxito de tal transação.

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, advertiu na última sexta-feira que Israel "não pagará qualquer preço" para libertar Shalit, mas no domingo o chanceler Avigdor Lieberman se reuniu com os pais do soldado para abordar o tema e transmitir otimismo a eles.

A emissora Voz da Palestina informou domingo que Shalit seria transferido "logo" ao Egito, como prelúdio de sua libertação, mas essa notícia não foi confirmada nem desmentida em Gaza, nem no Cairo.

Fonte: Prensa Latina