Direitistas tentam, descaradamente, apadrinhar o gás

A grandiosidade do gasoduto Urucu-Coari-Manaus e os benefícios da mudança da matriz energética do Amazonas, algo que se inicia com a chegada do gás em Manaus, estremecem a oposição direitista no Estado. Não bastasse a presença dos vereadores Leonel Feitosa (PSDB) e Marcelo Ramos (PSB) e do prefeito de Parintins Bi Garcia (PSDB) na solenidade em que o presidente Lula “abriu as torneiras do gás”, o senador tucano Arthur Virgílio Neto propagandeia sua “participação” na luta pela obra.

Diferente de outras ocasiões em que decoravam o texto dos grandes jornais e acusavam as empreitadas do governo federal de eleitoreiras, a oposição definiu outra tática para não reconhecer os méritos do governo Lula e de sua base aliada nos Estados. Desta vez, aposta tudo na compreensão do senso comum segundo a qual afirma que a grande massa não acompanha os fatos de forma corriqueira e contínua para disseminar “dados” de suas intervenções junto aos órgãos públicos para que a obra do gasoduto tivesse celeridade.

Cientes de que os ataques à obra do gasoduto representam uma tentativa de suicídio nas disputas que virão, o senador tucano e seu séquito buscam se apresentar como partícipes do empreendimento a fim de tirar uma lasquinha do eleitorado em 2010. Da mesma forma, age o governador de São Paulo José Serra, pré-candidato enrustido à presidência da República até agora não ousou desferir grandes críticas ao uso do petróleo da camada do pré-sal.

É absurdo acreditar que a oposição aprendeu a lição de que eleitorado se conquista com a execução de uma plataforma política que venha ao encontro das necessidades do povo e não do ilusionismo pirotécnico criado pelos seus aliados midiáticos. Apenas mascaram-se para não ganharem, ainda mais, a antipatia dos eleitores.

Portanto, urge que Arthur Neto e seu grupo político sejam desmascarados. Os gritos de “mentiroso” desferidos contra o prefeito de Manaus Amazonino Mendes no ato político da semana passada precisam ser ampliados para esses que deram sustentabilidade ao governo privatizante e entreguista de FHC.

O silêncio do senador tucano, à época um dos líderes do governo federal, diante das investidas de Amazonino que culminariam com a entrega do gás por 50 anos a uma empresa norte-americana devem ser conhecido por mais pessoas. Sem falar na entrega da Petrobrás ao capital estrangeiro a partir da revisão da Lei do Petróleo em 1997, que levou 40% das ações da empresa para além dos limites fronteiriços do país.

Logo, a conquista do gás se dá muito antes do início da obra do gasoduto. Ela se iniciou quando as tentativas mercadológicas da direita foram, uma-a-uma, sendo vencidas.