Amazonino Mendes volta a ser combatido pela população

A insatisfação popular em relação à gestão do prefeito de Manaus Amazonino Mendes (PTB) cresce a cada dia que passa. A falta de respeito com alguns segmentos da sociedade com os quais fez sérias promessas ao longo de sua campanha, em 2008, e a inabilidade em executar os programas herdados da lenta administração de Serafim Correa (PSB) levaram, novamente, centenas de manifestantes à frente da Prefeitura.

Dois dias atrás, os mototaxistas voltaram a se mobilizar exigindo a regulamentação da categoria. Aprovada no Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula, a lei que autoriza o transporte de pessoas em veículos de duas rodas demanda uma legislação municipal para que possa, efetivamente, vigorar nas respectivas cidades onde existe o serviço.

Mais do que pegar carona com a sanção da Lei em âmbito federal, a expectativa dos mototaxistas é proveniente de uma das bandeiras de campanha de Amazonino, que conseguiu significativos votos dos trabalhadores dessa categoria com a promessa de encaminhar a regulamentação de suas atividades.

Insatisfeitos com o não cumprimento da promessa por parte do prefeito, mesmo após 11 meses à frente do executivo municipal, os mototaxistas voltaram a manifestarem-se à frente da prefeitura buscando uma audiência com Amazonino, com o intuito de tratarem essa pauta.

No entanto, o prefeito repetiu o autoritarismo e a postura antidemocrática que já havia destinado aos professores e não atendeu a comissão que representava os manifestantes.

Além disso, colocou a guarda municipal para reprimir os que participavam da atividade a fim de dispersá-los.

Comunitários também protestam

Cerca de 200 moradores das margens do igarapé do Mindu seguiram o mesmo ritmo e, com cartazes em tom de protesto, também ocuparam a frente da sede da prefeitura. Eles exigem a desburocratização do programa “Corredor Ecológico do Mindu”, iniciado na gestão de Serafim.

Os comunitários ganharam o direito a um bônus de R$ 23 mil como contrapartida pela desapropriação dos seus imóveis, critério fundamental para a execução do programa. Apesar disso, encontram dificuldades para comprarem outra casa com esse valor devido ao pagamento de alguns impostos. Eles exigem serem isentos do habite-se e do título definitivo.

Outro entrave para os moradores é que a Caixa Econômica Federal dificulta a liberação do bônus, pois dizem que os moradores podem voltar ao local de suas residências. Para isso, eles cobram da prefeitura um termo que possam assinar se comprometendo, juridicamente, a não regressarem aos locais de suas moradias. Semelhante ao que faz o governo do Estado com o Prosamin.

Apesar dos esforços dos moradores e das proposituras que vêm fazendo para facilitar o andamento do projeto, não tiveram nenhuma sinalização da prefeitura.

De Manaus,
Anderson Bahia