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Brasil quer estreitar relações com a China na área de saúde

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, viaja nesta sexta (4) à China com a missão de estreitar as relações entre o Brasil e aquele país nas áreas de saúde e negócios. Temporão lidera uma comitiva formada por representantes de órgãos públicos  e por representantes da indústria farmacêutica e de equipamentos para a articulação.

O ministro manterá encontro com autoridades chinesas para firmar possíveis cooperações e parcerias, especialmente no setor de medicamentos e equipamentos médicos. Estarão na comitiva representantes do Banco Nacional de Dese nvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Fundação Oswaldo Cruz e a Anvisa.

O viés comercial do encontro faz parte de uma política inédita que vem sendo desenvolvida pela atual gestão do Ministério da Saúde para fortalecer a capacidade nacional de produção do Complexo Industrial da Saúde. O objetivo é reduzir a dependência do conhecimento estrangeiro, promover desenvolvimento econômico, garantir atendimento à população e gerar economia à rede pública.

Também estão programadas visitas à agência sanitária chinesa, para troca de conhecimentos e experiências relativas à regulação sanitária, além de estreitar o diálogo em relação à inspeção de fábricas e equipamentos médicos e controle de qualidade e inspeção sanitária de insumos farmacêuticos.

A Anvisa promove freqüentes inspeções em fábricas chinesas produtoras de medicamentos e de equipamentos médicos, e iniciará também inspeções em laboratórios produtores de insumos. A China é o quinto país com o maior número de indústrias com registro na Anvisa e que devem ser inspecionadas.

Balança comercial

O mercado de fármacos e equipamentos hospitalares está em franco crescimento na China. Em 2008, o Brasil importou, neste segmento, o equivalente a R$ 617 milhões daquele país — um aumento de 83% em relação ao ano anterior. Por outro lado, as exportações brasileiras à China somaram R$ 7,8 milhões em 2008, uma queda de 22% em relação a 2007. Os negócios com a China representam 10% do déficit comercial brasileiro em saúde.

“A China, assim como a Índia, está conseguindo consolidar sua estratégia de desenvolvimento. Esses países hoje são parceiros tecnológicos que podem contribuir para alavancar a competitividade brasileira”, afirma o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

“Queremos mais do que o mero intercâmbio de produtos ou relação estritamente comercial. Almejamos a cooperação em áreas tecnológicas estratégicas”, afirmou. Entre essas áreas, destacam-se biofármacos, reagentes para diagnóstico e parcerias público-privadas na área de medicamentos e equipamentos.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Ministério da Saúde