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Paulo Henrique Amorim: STF contraria o Estadão; o PiG tem delírio

Por 6 a 3, o Supremo considerou que o Estado não está sob censura. Que o Estado não tem o direito de publicar o que está em investigação sob sigilo. Que uma coisa é o fim da Lei de Imprensa e outra é o Estadão achar — como achou, neste episódio — que está acima da Lei.

Por Paulo Henrique Amorim, no Conversa Afiada

O Estadão achou que decidia pela Justiça Federal do Distrito Federal. Por quê? Ora, porque o Estadão é paulista… O Estadão come da farinha que ele próprio moeu. (Falo da farinha, porque o Mino Carta garante que o Dr Ruy Mesquita gosta muito de farofa.)

O Estadão é um dos mais ilustres membros do PiG (*). É um especialista em cercear a liberdade de expressão, em beneficio da liberdade da imprensa (ou seja, da liberdade do Estadão.)

O Estadão estava no Golpe de 64, que tirou do poder um presidente eleito segundo a Constituição. (É uma questão de hábito. Agora, em Honduras, o Estadão também apoiou o golpe.) O Estadão gosta muito de democracia — da democracia que ele, o Estadão, define.

O Estadão é um jornal de baixíssima qualidade técnica. Se fosse um jornal da Argentina, ninguém leria. O La Nación, também conservador, é melhor.

Não percebi que Thomas Jefferson tivesse vertido uma lágrima por causa da censura ao Estadão.

Ninguém, nem o Gilmar Dantas (Gilmar Mendes), a quem o Estadão dispensa um tratamento de Imperador Genial, se comoveu com a “censura”.

Triste fim do PiG (*).

(Já vai tarde.)

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.