Gesto de Fogaça não cessa busca de PDT por alianças
A decisão do PMDB gaúcho de ceder às pressões internas e externas e anunciar que o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, é o pré-candidato do partido ao governo do Estado nas eleições de 2010 não surtiu o efeito esperado sobre os possíveis aliados. E nem pôs fim às disputas dentro do PMDB.
Publicado 13/12/2009 20:21 | Editado 04/03/2020 17:11
Lideranças do PDT, apontado como o aliado prioritário, que vinham pressionando o prefeito a assumir publicamente sua candidatura, asseguram que a aliança com Fogaça em 2010 terá tratamento preferencial nas discussões do partido. Mas não fecharam a porta ao PT. Ao contrário, continuam mantendo tratativas nas duas frentes. Fogaça anunciou sua decisão na segunda-feira, em uma coletiva convocada pelo presidente estadual do PMDB, o senador Pedro Simon. Ainda na segunda, Fogaça condicionou sua decisão à manutenção da aliança com o PDT. Repetiu a frase à exaustão ao longo da semana.
No PMDB, a condição é tida quase como uma benesse. "Além da diferença de relação que existe entre PMDB e PDT e PMDB e PT, com Fogaça candidato, a prefeitura cai no colo do PDT", destaca o deputado estadual e presidente do diretório municipal peemedebista, Luiz Fernando Záchia. "Politicamente, o PT não tem como oferecer mais", emenda o tesoureiro do diretório estadual do PMDB, Rospide Neto.
Entre os pedetistas, porém, a condição está longe de ser consenso. Alguns chegam a considerá-la uma espécie de tentativa de sujeição. "A prefeitura não é um presente. O vice-prefeito José Fortunati foi eleito de forma legítima, pelo voto", lembra um deputado trabalhista.
FONTE: C POVO NET