Estrada Cruzeiro-Pucallpa nao é impossível, diz Edvaldo

As delegaçoes do Acre e de Ancash que estão a caminho de Lima se encontraram na noite de terça-feira em Huánuco e seguiram para Lima na manhã de quarta-feira, 9. De Pucallpa a Huánuco são 420 km, ou oito horas de viagem por conta das montanhas ainda em território amazônico e de inúmeras obras de recuperação da Carretera Federico Basadre, primeira rodovia a cruzar todo o Peru transversalmente ligando o litoral à Amazônia pelo centro do país com 820 km.

De Pucallpa a Cruzeiro do Sul são apenas 209 km por terra [20 min de Boeing] e já existe o traçado de uma estrada, o que tem motivado o presidente da Aleac, Edvaldo Magalhaes a defender, nesta viagem, um esforço conjunto das regiões interessadas para que a rodovia comece a ser prioridade a partir do fim do ano que vem. “Em 2010 o a rodovia BR 364 estará chegando em Cruzeiro do Sul. No mesmo ano a carretera Federico Basadre terá concluido suas obras de drenagem e recapeamento. Se o governo brasileiro injetou R$ 1 bilhao ou US$ 500 milhões para chegar até Cruzeiro do Sul, pode tranquilamente investir R$ 250 milhoes para chegar atèéPucallpa”, comentou em discurso para cerca de 400 pessoas em Huánuco.

Os governadores regionais de Ucayalli, Jorge Velazques; de Ancash, Cesar Alvarez e de Huanuco, Jorge Espinosa se levantaram para puxar aplausos para o presidente da Aleac. Edvaldo teve o privilégio de ser o último a discursar na solenidade preparada pelo presidente regional de Huánuco. Segundo Edvaldo, para quem acha que a Serra do Divisor é uma pedra no caminho da integraçao, deveria ver as gigantescas montanhas na amazônia ucayallina. “Épossìvel fazer uma estrada-parque, com responsabilidade ambiental. O Brasil é especialista em fazer estradas em reservas ambientais”, afirmou Edvaldo.

Logo após a cerimônia o presidente da Federação das Associações Comerciais do Acre, George Pinheiro e o presidente da Câmara do Comércio de Ancash, Jorge Antonio Ramirez Rodrigues , assinaram um protocolo de intenções visando a um acordo comercial a partir de março do ano que vem. Ancash [A Suíça peruana] é considerado o mais ricos dos estados envolvidos neste processo de integracão.

Localizado entre o litoral do Oceano Pacífico e os Andes, Ancash possui o maior porto pesqueiro do mundo e reservas generosas de minérios como aço, manganês e bauxita. Além disso, graças ao clima privilegiado tem grande variedade de frutas e legumes. Já Huánuco, além dos legumes e temperos como alho e cebola, pretende vender calcário para recuperacão do solo acreano. Os ucayallinos, por sua vez, já estão com contrato fechado para vender 80 mil toneladas de pedras para as empreiteiras que tocam obras na BR 364.

“Nós não viemos aqui para assinar tratados de boas intencões e fazer discursos para aparecer na fotografía. Nós viemos para realizar negócios concretos e mostrar que tudo é possível quando a causa se justifica e lutamos por ela”, declarou Edvaldo.

Cesar Alvarez, o presidente [governador] de Ancash afirmou que, junto com o Acre, Ucayalli e Huanuco, formarão uma macrorregião que servirá de exemplo para outras regiões do Peru. Para ele, só com a formacão deste tipo de consórcio, as regiões ganham competitividade para entrar nos mercados. Espinoza, de Huanuco, quer não apenas vender seus productos para o Acre, Rondônia e o Amazonas, mas tambèm construir uma estrada ligando seu estado a Ucayalli.

A delegaçao acreana é composta por 22 deputados estaduais, dois federais, cinco prefeitos, os presidentes das associacões comerciais de vários municípios, o presidente da Federacão das Associacões Comerciais, George Pinheiro e o vice-governador César Messias. Também participam os secretàáios de Estado, Cassiano Marques, de Esportes e Turismo e César Doto, de Ciencia e Tecnologia.

Também acompanham a caravana o desembargador Adair Longhini, representando o Tribunal de Justiça e os procuradores Edmar Monteiro e Gisele Mubarak, representando o Ministrio Publico do Estado. Ao todo, somam 130 pessoas.