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Saúde inicia campanha para combater o crack

O ministro da Saúde, José Temporão, lançou ontem a Campanha Nacional de Alerta e Prevenção do Uso de Crack. Filmetes, spots de rádio e peças gráficas serão veiculados até os primeiros meses de 2010 nas emissoras de rádio e tv, cinemas, jornais, revistas e páginas eletrônicas, para alertar a população sobre os perigos da droga que a cada dia faz mais vítimas no país.

Com o slogan “não experimente o crack porque essa droga mata e acaba com a sua possibilidade de futuro”, a campanha é mais uma ação do programa de prevenção ao consumo e atenção aos dependentes do crack e seus familiares, que ganhou ênfase ao longo dos últimos seis meses com investimentos superiores a R$ 215 milhões.

A época do lançamento da campanha foi escolhida não só em função das férias, quando os jovens ficam mais vulneráveis e expostos a experiências com drogas, mas também com o objetivo de potencializar seus resultados pelo maior envolvimento das famílias no enfrentamento do problema.

A proximidade das festas de fim de ano, na expectativa do ministério, proporciona os congraçamentos familiares que podem ser momentos propícios para se falar do assunto.

“Esperamos estrategicamente esse fim de ano porque apostamos na oportunidade para que um pai, uma mãe, um tio, abra-se com seu filho, com sua filha ou sobrinho e tenha conversas francas sobre e o assunto. A família tem um papel fundamental nesse processo”, observou Temporão.

O Ministério da Saúde, segundo Temporão, acompanha com muita preocupação a expansão do consumo do crack, – “droga de efeito devastador sobre o cérebro e de sérias consequências tanto para os usuários quanto para as pessoas com quem eles convivem” – e está atento para a necessidade de investimentos e expansão de todos os tipos de atendimento.

Em junho deste ano, quando mais um drama familiar provocado pelo crack – desta vez, protagonizado por jovens de classe média – chocou a sociedade e ganhou ampla repercussão na mídia, o governo federal já havia anunciado investimentos de R$ 117 milhões para o Plano Emergencial de Ampliação do Acesso para Tratamento de Álcool e Drogas (PEAD 2009-2010).

Em outubro o Ministério começou a aplicar mais R$ 98,3 milhões na ampliação da rede de Centros de Atenção Psicossocial (Caps), no aumento do valor das diárias pagas por paciente internado em hospitais psiquiátricos e na criação de incentivos financeiros para internações curtas (até 20 dias) de pacientes em crise.

O próximo passo, segundo Temporão, será a implantação, em todo o país, de Consultórios de Rua, que vão oferecer atendimento de uma equipe multidisciplinar (médicos generalistas, profissionais de saúde mental e de família e assistentes sociais) aos dependentes nas chamadas “cracolândias”, locais onde eles se reúnem para comprar e consumir a droga. O projeto foi implantado com resultados promissores em Salvador e será levado para outras treze capitais.

Fonte: Brasília Confidencial