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Roubini: Real forte e infra-estrutura seguram PIB brasileiro

O Professor da Universidade de Nova Iorque Nouriel Roubini, afirmou que o real está supervalorizado e que a eficácia da economia nacional depende da capacidade da criação de novas leis.

Para o economista, o governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva falhou em aspectos cruciais para o crescimento mais acelerado do país: educação e infraestrutura. Segundo ele, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, que poderia crescer 6% ao ano, não avançará mais de 4,5% se não houver uma reforma legislativa, com mudanças estruturais nesses setores.

A moeda nacional valorizou-se 30% em 2009, sendo uma das mais apreciadas em relação ao dólar entre as divisas de países emergentes. “Há muita euforia sobre o Brasil”, afirmou Roubini. “Provavelmente há muito fluxo de capital entrando no país. O estrangulamento da moeda é muito forte nas bases dos fundamentos [econômicos] de longo prazo.”

O Dr. Doom, apelido dado a Roubini por suas previsões econômicas pessimistas, disse estar “positivo quanto ao Brasil, mas não eufórico” e afirmou que “se houver uma aceleração nas reformas [legislativas e na infraestrutura], o futuro será brilhante.”

Dólar

Roubini também disse que os mercados globais se recuperaram "muito, muito cedo, muito rápido" neste ano, mas uma correção não acontecerá de imediato, já que um dólar mais fraco ainda estimulará investidores a buscar ativos de maior rentabilidade por mais alguns meses, afirmou o economista Nouriel Roubini nesta quinta-feira.

Segundo ele, o dólar norte-americano irá eventualmente recuperar parte de suas perdas, mas apenas em "seis a 12 meses a partir de agora, não tão cedo". Como resultado, as operações de "carry trade", nas quais investidores tomam empréstimos a juros reduzidos no curto prazo – neste caso, no dólar americano – para comprar títulos de rendimentos maiores em outros mercados, continuarão a sustentar preços por mais algum tempo.

"Uma correção deve acontecer, mas o risco de uma correção é mais no médio do que no curto prazo", disse Roubini em um evento organizado pelo Conselho das Américas. Enquanto isso, os países “em desenvolvimento”, como o Brasil, devem reforçar o controle de capital para reduzir a grande quantidade de investimentos estrangeiros, que têm impulsionado suas moedas, afirmou.

Com agências