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Situação já se normaliza no Suriname, diz secretário-geral a Lula

Em rápida conversa nesta segunda-feira (28) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o secretário-geral do Ministério de Relações Exteriores, Antonio Patriota, confirmou que o Itamaraty não identificou mortos no Suriname em consequência do ataque ocorrido na véspera de Natal contra cerca de 80 brasileiros no país.

Patriota disse a Lula que a situação no país vizinho está se normalizando, uma vez que as investigações estão em curso para identificar culpados e as causas do ataque.

Segundo o embaixador, a situação em Albina –cidade a cerca de 150 quilômetro de Paramaribo (capital do Suriname) onde ocorreu o ataque– está tranquila. Em nota divulgada ontem, a Embaixada do Brasil no Suriname negou que o ataque contra garimpeiros tenha matado brasileiros.

De acordo com o comunicado, "não houve comprovação de mortes de brasileiros", e as declarações dos surinameses ouvidos em Albina "coincidiram com os relatos dos brasileiros em Paramaribo", que "não testemunharam nenhum assassinato de brasileiro". Ainda segundo a nota, os relatos se referiram "à violência das agressões e à brutalidade do ataque".

A polícia do Suriname anunciou ter detido 22 suspeitos de participação no ataque a um grupo de 81 garimpeiros brasileiros na noite da última quinta-feira em Albina, na fronteira com a Guiana Francesa. Não foram fornecidos, porém, mais detalhes sobre tais prisões.

Para o embaixador do Brasil no Suriname, José Luiz Machado e Costa, a situação na região do conflito é "tranquilizadora". Ele visitou a área ontem acompanhado por representantes da diplomacia surinamesa.

Brasileiros que moram no Suriname e a embaixada disseram que o poder público tem dificuldade para impor a lei no lugar, dominado pelos marrons, como são conhecidos os descendentes de quilombolas.

Dos 14 feridos contabilizados inicialmente, dez já foram liberados pelo hospital. Quatro continuavam internados, sendo dois em estado grave. Na Guiana Francesa, o consulado brasileiro localizou nove feridos –levados para a cidade de Saint Laurent du Maroni, que fica do outro lado do rio à beira do qual o garimpo estava instalado–, dentre os quais se encontra a grávida que, na confusão, perdeu o bebê.

Fonte: Folha Online