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CTB terá presença maciça na 10ª edição do Fórum Social Mundial

Após uma década de debates contra o neoliberalismo, o Fórum Social Mundial (FSM), criado em oposição ao Fórum de Davos (reunião dos países mais ricos do mundo), retorna ao seu berço de origem. A 10ª edição será comemorada em Porto Alegre (RS), de 25 a 29 de janeiro. Já o debate temático acontecerá em Salvador (BA), de 29 a 31. O caráter descentralizado, entre as duas pontas do país — norte a sul —, pretende enriquecer a proposta final que será apresentada em 2011, em Dacar, no Senegal.

Em Porto Alegre, a CTB promoverá duas mesas, que farão parte da programação oficial do evento. A primeira acontece no dia 26, a partir das 14 horas, sobre o “Trabalho com sustentabilidade socioambiental”. Já a segunda mesa, no dia 27, às 14 horas, sobre o “Combate às Práticas Antissindicais”, será promovida pelas seis centrais sindicais (CTB, CUT, UGT, Força, NCST e CGTB).

Para organizar a participação no FSM na Bahia, que reunirá representantes norte, nordeste e centro-oeste, a CTB realizará uma grande plenária no dia 28, em Salvador, para organizar sua participação no evento. A atividade ocorrerá das 9 às 18 horas, no Ginásio Poliesportivo do Sindicato dos Bancários.

10 anos de FSM

Para o presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, a comemoração dos dez anos de FSM lembra um marco importante forjado num momento em que só a política neoliberal predominava no mundo. “A partir do Fórum, o debate em contraposição ao neoliberalismo passou a fazer parte das mais variadas discussões. Além disso, ele foi um importante instrumento para os movimentos sociais na luta contra a política imposta pelas grandes potências — ou seja, surgiram formas de enfrentamento contra um projeto que até então era único”.

Guiomar frisou a necessidade de medidas concretas aos malefícios criados pela crise econômica mundial, em 2009. “Queremos dar continuidade ao projeto iniciado em 2002, com Lula, aprofundando a implementação de reformas estruturais como a redução da jornada, política de valorização do salário mínimo, organização no local de trabalho e fim do fator previdenciário, ou seja, a implementação de leis de valorização do trabalho”.

Já Adilson Araújo, presidente da CTB-BA, crê que o Fórum temático dará transversalidade ao tema: diálogos, diversidade cultural e crise civilizatória. “A centralidade do evento está na busca de uma resposta efetiva para crise econômica mundial, que para CTB é fruto de um sistema capitalista. Portanto, requer uma posição firme com apresentação de novas perspectivas”.

Segundo ele, a experiência baiana será um resgate cultural entre o Brasil e África que passará pela intolerância e discriminação racial. Por ter um caráter auto-gestor os movimentos sociais poderão organizar suas atividade em conjunto com outros países.

Da Redação, com informações do Portal CTB