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 Planos ameaçadores dos EUA para o "jogo africano"

Os planos do Pentágono dos EUA para o envio de um gigantesco número de fuzileiros navais à África estão prontos e, naturalmente, muito antes da “fracassada tentativa” do nigeriano Omar Farouk Abdulmoutalami de explodir o avião da Delta Airlines. Tentativa que abriu o front inteiro da África, e não só da Somália.

Por Idálio Soares, da Africa News Agency

“Trata-se de planos e não de decisões”, declarou o sargento-chefe Grande Fontana, assessor de imprensa do Comando da África (Africom), com sede (provisória) em Stuttgart, na Alemanha, na revista US Marines Corps Times, destacando que, “os planos representam uma manifestação do esforço para apoiar o Africom”.

Contudo, desde o início de dezembro do ano passado crescem incessantemente as notícias que dizem respeito “aos planos”, as quais mencionam a existência de um contingente de forças especiais terra-ar e de fuzileiros navais, cujo número diz-se que será superior a mil. Mas o número sempre varia e outras notícias dizem que se trata de milhares de fuzileiros.

Anotem que uma força especial de fuzileiros navais norte-americanos já está instalada aqui, em Djibuti, em nome da guerra contra o terrorismo e à pirataria, mas, na realidade, no âmbito dos objetivos imperialistas, considerando que a África continua em alta nas bolsas de valores por causa da “invasão econômica da China” e do fato de que os EUA importam 1/4 do volume de petróleo de que necessitam, e o total dos denominados “minérios estratégicos” (cobalto, manganês, cromo e, platina) necessários para sua indústria de alta tecnologia.

A constituição do Africom é um dos últimos “presentes de grego” do ex-presidente Bush Jr., o qual foi adotado pelo atual presidente dos EUA, Barack Obama. O Africom, junto com os demais comandos militares, dividem o planejamento estratégico norte-americano em “zonas de responsabilidade” pelo planeta (América do Sul, Pacífico, Europa, Oriente Médio e Ásia).

Com a constituição do Africom, Washington liberou o comando da Europa de “gerenciar” também suas relações militares com 40 países africanos. Uma das primeiras iniciativas de Obama foi de decidir o aumento em 300% do orçamento militar para as necessidades do comando africano, destinados a financiar os futuros planos imperialistas no Continente Negro.

Fonte: Monitor Mercantil