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PMDB aguarda convite de Lula para conversarem sobre aliança

O comando do PMDB aguarda para as próximas semanas um convite do presidente Lula para retomarem as conversas sobre a aliança com o PT nas eleições de outubro. Lideranças dos dois partidos se reuniram pela última vez em dezembro, quando consideraram superado o mal estar provocado pela declaração de Lula de que o PMDB deveria apresentar uma lista tríplice para que o PT escolhesse o vice da pré-candidata à sucessão presidencial, Dilma Rousseff.

De acordo com o líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), espera o convite de Lula para que as principais lideranças dos dois partidos se reúnam ainda em janeiro.

Segundo Henrique, devem comparecer à reunião, em Brasília, quatro ou cinco lideranças de cada partido. Ele afirma que o momento não poderia ser mais propício
para a retomada dos diálogos. Segundo ele, os acertos relativos aos palanques regionais estão avançados na maioria dos Estados e as eleições para presidentes dos
diretórios estaduais e municipais foram concluídas. "O cenário está definido. Está na hora da onça beber água", definiu.

Escolha do vice

Henrique também dá como superadas as especulações de que Lula desejaria ter o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (PMDB), como vice na chapa
de Dilma. "Isso é coisa do passado, o nome natural é o do Michel", responde, mencionando o presidente da Câmara – favorito de um grupo de peemedebistas de
expressão para compor a chapa com o PT.

Antes, contudo, há duas etapas a serem cumpridas cujos resultados terão força para confirmar ou desconstruir o cenário descrito pelo líder.

Em fevereiro, será realizado o Congresso Nacional do PT, quando se espera que a militância consagre o nome de Dilma Rousseff como pré-candidata do partido à
Presidência da República.

No mês seguinte, em março, a Executiva do PMDB promove a Convenção Nacional para escolher o novo presidente do maior partido do País. Aliados de Temer
redobram esforços para reelegê-lo.

"Temer tem visibilidade como presidente da Câmara e sairá fortalecido da convenção, em março, quando for reeleito para a presidência do partido", diz Henrique. Eventual reeleição evidenciaria o prestígio de Temer no PMDB e sua força para unificar um dos partidos mais fragmentados do País, analisa o líder peemedebista.

Os nomes dos ministros das Comunicações, Hélio Costa, e de Minas e Energia, Edison Lobão, também são lembrados como candidatos à vaga. Mas segundo Henrique, Temer só deixaria de ser a escolha natural do partido se o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, aceitasse ser o vice na chapa tucana. Neste caso, aumentariam as chances de Hélio Costa ser o vice, já que ele poderia atrair o eleitorado mineiro.

Agência Estado