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Tucanos estão sem opção para vice na chapa de Serra

O almoço que reuniu a cúpula do PSDB, nesta segunda-feira (11) na casa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo, foi para tentar convencer o governador de Minas, Aécio Neves, a compor com José Serra a chapa tucana que disputará a sucessão presidencial. Aécio voltou a dizer que sua prioridade é a eleição em Minas e recusou o convite.

Aécio participou do almoço ladeado por seus principais aliados no PSDB: o presidente da sigla, senador Sérgio Guerra (PE), e o senador Tasso Jereissati (CE) que, junto com Fernando Henrique tentaram convencê-lo a formar uma chapa puro-sangue encabeçada por Serra.

Ao abandonar a sua pré-campanha à sucessão presidencial, Aécio se fortaleceu junto a cúpula do Partido e ao dizer “não” ao assédio dos dirigentes partidários torna ainda difícil a candidatura de Serra.

A tentativa dos tucanos de formar uma chapa puro-sangue é resultante da falta de aliados. O DEM, principal aliado do PSDB, não tem mais quem oferecer para a vaga de vice. Por outro lado, o PSDB avalia que um candidato do DEM atrapalha mais do que ajuda.

Acuado pelo escândalo no Governo do Distrito Federal, o DEM perdeu seu principal nome – o governador José Roberto Arruda, acusado de ser o dirigente do esquema de corrupção. A Executiva Nacional ensaiou a expulsão de Arruda do Partido, mas ele se desfiliou antes. Mesmo assim, o DEM sai do episódio com a imagem arranhada.

Nesse cenário, os principais dirigentes do PSDB, liderados por Fernando Henrique, não medem esforços para tentar convencer Aécio a preencher a vaga. De fato, a união dos maiores colégios eleitorais do País – São Paulo e Minas Gerais – fortaleceria a chapa tucana.

Por ora, entretanto, o mineiro se faz de difícil. Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o senador Tasso Jereissati classificou de "difícil e improvável" a hipótese de Aécio aceitar ser vice de Serra.

Da sucursal de Brasília
Com agências