Honduras adia decisão sobre anistia a envolvidos no golpe
O Congresso Nacional de Honduras adiou até a posse dos deputados eleitos em novembro o debate de uma anistia para os envolvidos na deposição do presidente Manuel Zelaya, em 28 de junho do ano passado.
Publicado 13/01/2010 15:34
Segundo o Uol Notícias, o vice-presidente da Casa, Ramón Velásquez, disse que os legisladores não têm tempo para discutir o assunto antes do final de seus mandatos e acrescentou que o debate sobre a anistia deve caber aos novos congressistas, que serão empossados em 25 de janeiro.
Mas para o vice-líder do Partido Nacional (de oposição e que terá a maioria do próximo Congresso), Antonio Rivera, "não se chegou a um acordo" sobre a iniciativa dos setores organizados, que ele atribuiu à existência de "confusão" sobre os efeitos da anistia.
"Acho que se manejou mal desde o início, não se deixou claro, confundiu-se anistia com impunidade e corrupção, e ao final a percepção foi que estávamos a preparando um perdão para tudo", disse.
Em cima do muro, o "presidente eleito", Porfirio "Pepe" Lobo, disse que apóia a concessão de anistia tanto para Zelaya, acusado se supostos atos inconstitucionais, quanto para os envolvidos na deposição, mas que cabe ao Congresso aprová-la. Lobo venceu a eleição não reconhecida pelo governo do Brasil e de vários países da América do Sul de 29 de novembro para suceder Zelaya, e sua posse está marcada para o próximo da 27.
Com agências