Reviravoltas de candidatos mostram que política é como nuvem
Nos últimos dias, as idas e vindas de pré-candidatos em diferentes partes do País reafirmaram a antiga máxima, atribuída ao ex-governador de Minas Gerais Antonio Magalhães Pinto, de que política é como nuvem: você olha e ela esta de um jeito, olha de novo e ela já mudou.
Publicado 19/01/2010 16:20
Na segunda-feira (18), pela manhã, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), declarou, em entrevista à revista virtual Terra Magazine, que havia "chance zero" de aceitar ser candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo governador paulista José Serra (PSDB). (Aécio diz que chance de ser candidato a vice é zero)
No mesmo dia, à tarde, após almoçar na casa do presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia, no Rio de Janeiro, Aécio recuou. Aos jornalistas que faziam plantão na casa de Maia, esperando o fim do almoço, ele manteve aberta uma brecha para que, eventualmente, ocupe a vaga de vice. Questionado se sua decisão sobre não participar da chapa de Serra como vice era irreversível, Aécio respondeu: "Irreversível só a morte".
Distrito Federal
Também na segunda-feira, o vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), comunicou ao diretório regional de seu partido a decisão de não concorrer à sucessão do governador José Roberto Arruda (ex-DEM). (‘Caixa de Pandora’ tira Paulo Octávio da disputa eleitoral no DF)
A iniciativa de Paulo Octávio fez com que o secretário do DEM no Distrito Federal, Flávio Couri, convocasse reunião extraordinária do partido para quinta-feira (21) para discutirem o cenário eleitoral, sem Paulo Octávio na disputa.
Entretanto, no final da tarde, em entrevista ao Portal R7, do Grupo Record, Paulo Octávio recuou e jogou a bola para o seu partido dar a palavra final sobre sua eventual candidatura ao governo do DF.
Na entrevista ao portal, ele confirmou que não é candidato à sucessão, mas que, se o partido pedir, ele pode entrar na disputa. "Isso pode até acontecer, mas isso lá na frente. Aí é uma imposição do partido, eu sou muito vinculado ao partido, tenho ajudado muito o partido", afirmou.
Rio de Janeiro
Há três semanas, José Serra não tinha nenhum palanque no Rio de Janeiro e sua adversária do PT, ministra Dilma Rousseff, tinha três: os do governador Sérgio Cabral (PMDB), candidato à reeleição, do ex-governador Anthony Garotinho (PR) e do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT).
Mas nas últimas duas semanas, Lindberg retirou a candidatura para concorrer ao Senado, o deputado Fernando Gabeira (PV) voltou a se apresentar como candidato de oposição ao governo fluminense. E desde a semana passada, Garotinho ameaça trocar Dilma por Serra.
Agência Estado