Campanha salarial: empresas negam reivindicações dos jornalistas

Na primeira rodada de negociação da campanha salarial 2010 dos jornalistas de rádio e TV, ocorrida no dia 12 de janeiro, as empresas ofereceram aos jornalistas um reajuste de 4,2% e negaram todas as novas cláusulas reivindicadas pelos profissionais de mídia eletrônica. Os jornalistas reivindicam o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 4,11%, mais 5% de ganho real (acima da inflação).

Ao contrário dos jornais e revistas, que, logo na primeira rodada de negociação, aceitaram a renovação de todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e propuseram a criação de uma comissão paritária para discutir as novas cláusulas reivindicadas pelos jornalistas, as emissoras de rádio e TV fizeram exatamente o oposto: recusaram o vale-refeição diário de R$ 10,00, os cursos de capacitação e a criação da comissão de saúde do jornalista com a participação de profissionais do CEREST – Centro de Referência em Saúde do Trabalhador.

Como se não bastasse, as empresas de mídia eletrônica também querem extinguir a cláusula da Reportagem Especial, presente na CCT há mais de duas décadas. A cláusula estabelece valores mínimos para a produção de textos e imagens para reportagens. Diante da proposta inaceitável, as negociações prosseguem e a segunda reunião já tem data marcada: é nesta quinta-feira, dia 21 de janeiro, às 14h30min, na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE.

Fonte: Sindjorce