Justiça de Goiás promove campanha para ajudar as vítimas no Haiti

Ainda perplexos pelas enchentes e deslizamentos de terra em diversas regiões do Brasil, fomos surpreendidos já no início de 2010 com o terrível desastre que arrasou, no dia 12 de janeiro, a cidade de Porto Príncipe, capital do Haiti. O terremoto de 7 graus na escala Richter – um dos piores dos últimos 200 anos – seguido de abalos subsequentes, com intensidade de 5,9 e de 5,5 graus, levou o País, sempre renegado pelo mundo, ao colapso.

O saldo de 75 mil mortos, 250 mil feridos e um milhão de desabrigados, conforme dados divulgados pelo governo haitiano, demonstra que a realidade política, econômica e social que já era ruim, ficou pior. O Haiti é o País mais pobre do hemisfério ocidental e 80 % da população sobrevive com menos de dois dólares por dia. Na data em que a tragédia ocorreu havia 1.310 brasileiros naquele País, dos quais 1.266 militares, servindo nas forças de paz da ONU.

A morte da médica sanitarista Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, no terremoto no Haiti, comoveu os brasileiros. Uma perda irreparável para o mundo. Desde 1983, a Pastoral da Criança promovia ações preventivas de saúde, nutrição e educação para crianças de zero a seis anos e contava com 260 mil voluntários.

Por seu trabalho de assistência social, Zilda Arns recebeu diversas premiações, como o Prêmio Woodrow Wilson de Serviços Públicos (2007) e o de Heroína de Saúde Pública das Américas (2002), concedido pela Organização Pan-Americana da Saúde. Foi três vezes indicada ao Prêmio Nobel da Paz.

O Brasil perdeu também um ícone da luta contra a ditadura militar e uma incansável e exemplar batalhadora pelos direitos das crianças e adolescentes. Zilda Arns foi uma das principais referências do País na luta pela justiça social cujo trabalho em prol das causas humanitárias conquistou reconhecimento internacional.

Campanha

O TRT de Goiás e as entidades estão recolhendo doações em alimentos não-perecíveis, remédios, roupas e dinheiro para ajudar as vítimas do terremoto no Haiti. O Sinjufego convida os colegas servidores da Justiça Federal e do TRE-GO a engajarem-se na campanha. As doações podem ser feitas até quinta-feira da próxima semana, dia 4 de fevereiro, e entregues na portaria do Edifício-Sede da Corte Trabalhista (Avenida T-1, Setor Bueno, Goiânia-GO). As doações em dinheiro podem ser depositadas na conta nº 600-1, agência 0647,operação 003, da Caixa Econômica Federal (CEF).

O coordenador geral da campanha, desembargador Júlio César Brito, informa que os donativos arrecadados serão encaminhados à Secretaria de Cidadania e Trabalho, encarregada de realizar a campanha em Goiás, denominada SOS Haiti. O Estado providenciará um avião que fará o transporte dos donativos dos goianos para o Haiti.

Os alimentos doados devem ser prontos para o consumo imediato como enlatados, bolachas e biscoitos, exceto leite e água. O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal em Goiás (Sinjufego), a Associação dos Magistrados do Trabalho (Amatra18) e Associação dos Advogados Trabalhistas (Agatra) são parceiros do TRT-GO na campanha em solidariedade às vítimas do terremoto no Haiti.

Sugestão de donativos no site www.sinjufego.org.br

Fonte: Carolina Skorupski, Assessoria de Comunicação do Sinjufego