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China reitera que soberania do Tibete não é negociável

A China reiterou a representantes do exilado Dalai Lama que viajaram ao país para reuniões com autoridades do país comunista que não fará concessões no tema da soberania do Tibete, destaca a agência oficial Xinhua (Nova China). "Nas conversações, as autoridades do Partido Comunista Chinês apresentaram os progressos realizados nos últimos anos sob a direção do partido e reafirmaram que nenhuma concessão será feita em temas relacionados à soberania nacional", afirma a agência.

O negociador chinês Du Qinglin disse que explicou aos representantes do Dalai Lama que Pequim apenas se compromete a discutir o futuro do líder espiritual exilado e que não falará mais de autonomia para o Tibete.

Du Qinglin, dirigente do departamento da Frente Unida do Partido Comunista, responsável pelas negociações, disse que o interesse nacional da China é inviolável e que "não pode existir compromisso" a respeito de temas territoriais. "A única coisa que existe para negociar, no caso dos senhores renunciarem aos discursos e ações separatistas, é o futuro do Dalai-Lama e das pessoas que o rodeiam", disse Du Qinglin. "Esperamos que o Dalai-Lama encare a realidade e adote uma postura patriótica", acrescentou.

A China mantém que o Tibete foi parte do seu território durante séculos, mas os tibetanos consideram que a região foi independente na prática durante grande parte da história, devendo apenas uma vassalagem nominal aos imperadores chineses. Antes do governo Chinês reassumir a administração do território tibetano, o Tibete, dominada pelos budistas, mantinha sua população em regime de semi-escravidão, com péssimas condições de vida e praticamente nenhuma infraestrutura. Com a administração chinesa, o território se desenvolveu e o povo tibetano passou a ter acesso aos mesmos direitos que os demais chineses.

Durante as últimas negociações, em 2008, os enviados do Dalai-Lama propuseram uma fórmula para que os tibetanos conseguissem maior autonomia sob a Constituição da China. Os funcionários chineses disseram que só analisarão o regresso do Dalai-Lama, que se exilou na Índia em 1959, após a ocupação das tropas chinesas da antiga capital tibetana, Lhasa.

Com agências