Jô participa de inauguração com Dilma

A deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) participou da inauguração do gasoduto Paulínia-Jacutinga, da Petrobrás, em companhia da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, entre outras autoridades.

 Vestindo uniformes e capacetes da estatal eles pousaram juntos para fotos, publicadas nos principais jornais do Estado e do País. Aqui, as reportagem do Hoje em Dia e de O Tempo. Assinada pelo jornalista Alex Capella, a reportagem do Hoje em Dia tem o título “Dilma admite que quer ser sucessora do presidente Lula”.

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à sucessão presidencial, inaugurou em Jacutinga, nesta sexta-feira (29), o gasoduto da Petrobras que abastecerá as cidades do Sul de Minas Gerais. Embora com a ressalva de que ainda não é candidata oficial do PT, Dilma pontuou todo o seu discurso com promessas de campanha e admitiu o interesse em suceder o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O presidente Lula precisa de um sucessor à sua altura e eu gostaria der ser essa sucessora”.

A escolha do candidato petista para disputar a corrida presidencial deste ano só acontecerá entre 18 e 20 de fevereiro, durante o congresso nacional da legenda. A ministra usou os “alagamentos” e a “falta de creches” para alfinetar a oposição. Desde o final do ano passado, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB) – seu provável oponente na corrida presidencial -, e o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (DEM), vêm recebendo críticas pela limitação do número de vagas nas creches e, principalmente, pelos estragos provocados pelas chuvas em todo o Estado.

Sem a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas bajulada por diversos prefeitos e aliados da região, a pré-candidata petista disse que a população não aceita mais o “conformismo” diante das calamidades. A ministra chegou de helicóptero e debaixo de chuva ao ponto de entrega do gasoduto, instalado na área rural de Jacutinga, com uma hora de atraso. Sorridente, acenou para uma platéia de 50 pessoas, formada, basicamente, por prefeitos e seus vices, alguns deputados federais e estaduais, além de diretores e funcionários da Petrobras.

Após visitar as instalações da obra – parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – sob os gritos de “Dilma presidente”, a ministra antecipou que uma das prioridades do chamado “PAC 2” será a ampliação dos investimentos em drenagem e construção de novas creches. “A calamidade existe e nós não podemos nos conformar com ela. Temos de investir mais, por exemplo, em drenagem para evitarmos os alagamentos. E a questão da ampliação das vagas nas creches também é outra prioridade”, disse.
 
Ao longo de seu discurso, a ministra fez questão de relacionar a instalação do ponto de distribuição do gasoduto com a criação de novos empregos e o desenvolvimento das empresas da região. Questionada sobre o possível uso da cerimônia para reforçar sua pré-campanha no Sul de Minas, alegou que os temas estão “interligados” à questão da instalação do gasoduto na região, que concentra indústrias dos setores de alumínio, cerâmica e alimentos. “Poderia falar sobre gás por duas horas.

O assunto é uma das minhas paixões. Mas, acho que é do interesse das pessoas perceberem que isso faz parte de um quadro geral, que envolve o desenvolvimento social, educação, emprego, entre outros”, assegurou. A ministra destacou que existe uma expectativa mundial com relação ao possível crescimento da economia brasileira acima de 5% neste ano, o que colocaria o país entre os cinco maiores do mundo. Segundo ela, a expectativa do Governo federal é a mesma, porém, acompanhada da melhora dos índices sociais. “Ninguém respeita o país que deixa uma parte da população na pobreza.

É uma lenda dizer que o povo não quer consumir. A meta desse Governo é fazer com que toda a população esteja no nível da classe média”, afirmou. A ministra revelou que pode reduzir as viagens com o do presidente Lula, em função da crise de hipertensão que ele teve na noite de quarta-feira, no Recife (PE). "Não há dúvida de que preservaremos a saúde do presidente. Vamos reduzir a sequência de agendas pesadas se quisermos a presença dele. Agora, todos conhecem o presidente. Ele não consegue ficar parado”, ressaltou a ministra, que não quis comentar suposta crise entre PT e PMDB por causa da indicação do nome do presidente da Câmara, Michel Temer (SP), para vice em sua chapa.

“Acho que cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém. Sou mineira, né?”. Sucessora A reportagem do jornal O Tempo, veiculada na editoria de Política,do dia 30, com o título: Dilma alfineta Serra e diz que quer ser sucessora de Lula, assinada pela jornalista Flávia Martins Y Miguel, também destaca a foto dos ministros com Jô Moraes. A chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, demonstrou ontem que em breve poderá assumir publicamente a candidatura à Presidência.

Questionada se já se considera a sucessora de Lula, Dilma respondeu: "Eu acho que o presidente tem de ter um sucessor à altura do governo dele. Eu gostaria muito que me escolhessem como essa sucessora. Não sou hoje". A afirmação foi feita em Jacutinga, Sul de Minas, durante inauguração de gasoduto entre a cidade e Paulínia. O tom de campanha e críticas indiretas ao governador de São Paulo, José Serra (PSDB), marcaram o discurso da ministra. As tragédias em decorrência das chuvas e a falta de creches, dois dos principais problemas enfrentados pelos paulistas, foram mencionados por Dilma. "Não é possível nos conformarmos com a existência de calamidade.

Temos que tomar medidas preventivas", disse a ministra. Em seguida, ela atacou o déficit de creches. "Precisamos de uma educação de qualidade. E isso é completamente diferente do que nós vemos. Vamos abrir mais de 700 creches", prometeu Dilma. A maior parte do seu discurso a pré-candidata reservou para ressaltar as ações do governo federal como o programa Minha Casa, Minha Vida e o investimento de R$ 275 milhões no novo gasoduto. O Luz para Todos foi lembrado como uma parceria com o governo de Minas, no entanto, com a ressalva de que a maior parte do dinheiro investido é do governo federal. "O governador (Aécio Neves) pode não estar presente, mas a nossa parceria está aqui". Acompanhada pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), Dilma visitou as instalações do empreendimento da Petrobras sob o coro "Dilma, presidente" puxado por prefeitos, vereadores e deputados da região.

Ao comentar que o Brasil tem chances de se transformar na quinta maior economia do mundo, a ministra emendou: "o que nos interessa é transformar o povo em quinta potência." Novidades Dilma anunciou ontem que será avó na véspera da eleição deste ano. Sua filha Paula está na sétima semana de gravidez e a criança deve nascer no fim de setembro, poucos dias antes do primeiro turno, marcado para o dia 3 de outubro. Descontraída. Dilma gravou participação no programa "SuperPop", da Rede TV, ainda sem data para ser exibido.

Ela falou das dificuldades de ser mulher na política, de educação, de sua saúde. Também teve que provar que sabe cozinhar e preparou ovos mexidos a pedido da apresentadora. O gasodutoA obra. O ramal, entre Paulínia e Jacutinga, tem 93 quilômetros. Em Jacutinga foi instalado o ponto de entrega, com capacidade de 1,25 milhão de metros cúbicos/dia. A Alcoa será a principal consumidora do gás.