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Mantega vai a Lula para tentar barrar alta dos juros

O debate em torno do tema crescimento versus juros voltou mais forte no início de ano e tem alimentado uma nova queda de braço nos bastidores da equipe econômica.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, aumentou a pressão junto ao Banco Central (BC) na tentativa de administrar as expectativas e evitar que seja iniciado um novo ciclo de alta da taxa Selic já em março deste ano.

A avaliação na equipe de Mantega é de que antes de mexer na taxa Selic o BC deve primeiro apertar os depósitos compulsórios. A lógica da Fazenda é a seguinte: durante a crise financeira o BC mexeu primeiro nos compulsórios (liberando R$ 100 bilhões) para só depois reduzir a Selic e, agora, deveria seguir o mesmo caminho.

O Banco Central afirma que já vem reduzindo o direcionamento do compulsório, mas não confirma a possibilidade de um aumento das alíquotas. A questão foi levado por Mantega ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com números indicando que o ritmo da atividade econômica não seria tão acelerado como apontam os analistas do mercado financeiro, o ministro procurou mostrar ao presidente de que não há necessidade de aumento da Selic, porque a inflação está sob controle e o crescimento previsto é sustentável.

O BC, porém, vê com mais cautela o movimento de retomada da economia e avalia que pressões inflacionárias devem ser combatidas no nascedouro para evitar que o próprio crescimento seja prejudicado.

A informação é do Monitor Mercantil