Ocupantes planejam nova operação militar no sul afegão
Uma nova operação militar lançará milhares de soldados afegãos, estadunidenses e do Pacto Militar do Atlântico Norte na província de Helmand, limítrofe com o Paquistão e dominada pela resistência, na tentativa de conter as forças insurreicionais, informaram fontes militares dos ocupantes.
Publicado 03/02/2010 17:08
Anteriormente, quatro mil Marines e mil efetivos das tropas especiais britânicas desenvolveram duas grandes ofensivas no verão de 2009, durante as "eleições" presidenciais, com o objetivo de desalojar os guerrilheiros dos distritos do norte e do sul de Helmand, base da resistência afegã.
Na prática, essas manobras fracassaram devido à intensificação das ações da resistência, que ocasionaram grandes baixas em enfrentamentos e atentados a bomba contra as tropas ocupantes da Força Internacional de Assistência à Segurança, nome fantasia dos comandados enviados pela Otan.
O ano 2009 terminou com 520 ocupantes mortos em atentados e combates e foi o mais mortífero para os efetivos dos Estados Unidos e da Otan desde a invasão da nação em outubro de 2001.
A partir de 1.º de janeiro de 2010, essas baixas se elevaram a 51 militares, sendo que 35 deles eram estadunidenses, de acordo com o portal icasualties.org.
De acordo com o porta-voz das tropas ocupantes, o general Eric Tremblay, nessa operação conjunta intervirão milhares de policiais e soldados afegãos, além de milhares de efetivos da Otan.
O ministro da Defesa afegão, general Zahir Azimi, confirmou em uma coletiva de imprensa que a ofensiva será efetuada na região central da extensa província de Helmand, embora não tenha especificado quais distritos serão afetados por ela nem quando será dado início ao projeto.
Azimi precisou que o objetivo dessa operação militar é a de "separar" a população civil da resistência.
Entretanto, os ocupantes do Afeganistão acreditam que as campanhas futuras, a partir de fevereiro, serão muito duras, porque os ocupantes deverão ter cerca de 140 mil efetivos militares prontos para combater a resistência à ocupação.
Com informações da Prensa Latina