Greve de servidores municipais ameaça carnaval de Salvador

A uma semana do início do carnaval, um impasse entre a Prefeitura e servidores municipais está ameaçando o sucesso da festa em Salvador. Em assembléia nesta quarta-feira (3/2), os servidores decidiram paralisar as atividades por 72 horas, para forçar o Executivo Municipal a negociar o reajuste das horas trabalhadas durante a festa, o aumento do efetivo para o carnaval, entre outras demandas. A continuidade do movimento será decidida em nova assembléia na sexta-feira.

A paralisação atinge os serviços prestados pela Secretaria de Serviços Públicos e Prevenção à Violência (Sesp), Guarda Municipal, Salvamar e das superintendências de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), Trânsito e Transporte (Transalvador) e Conservação e Obras Públicas (Sucop).

A paralisação destes serviços durante o carnaval seria um transtorno para baianos e turistas, podendo até inviabilizar a realização da festa, pois são estes órgão que cuidam do trânsito, da fiscalização de barracas e ambulantes, da segurança dos banhistas e do andamento do carnaval em geral. Estas são atividades essenciais para a realização da festa.

Os principais pontos reivindicados pelos servidores são o reajuste no valor da hora de trabalho durante o carnaval, pagamento do adicional de festas populares em março, não contratação de terceirizados para a folia de momo, além de um lote da vacina contra a meningite para os servidores que ficarão expostos durante a festa.

Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais da Prefeitura do Salvador (Sindseps), os trabalhadores encaminharam uma pauta de reivindicações à prefeitura no dia 22 de dezembro do ano passado, mas o retorno do governo só ocorreu quase um mês depois, no último dia 21, quando os sindicalistas foram recebidos pelo subsecretário do órgão, José Hamilton Lage Soares. Na reunião, ficou acertado mais um encontro na semana seguinte cancelado sem justificativa nem marcação de novo encontro.

Diante do impasse, os servidores decidiram paralisar as atividades. Uma nova assembléia foi marcada para a sexta-feira (5/2), às 8h, com representantes da prefeitura municipal e do sindicato.

De Salvador,
Eliane Costa com agências