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OAB pede prisão preventiva do governador José Roberto Arruda

O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, solicitou nesta terça (9) ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afastamento do cargo ou prisão preventiva do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido). Segundo ele, o vídeo que revelou a tentativa de suborno do jornalista Edmilson dos Santos, o Sombra, testemunha no inquérito em que Arruda é acusado de comandar um esquema de recebimento de propina de empresários da cidade, representa uma obstrução à Justiça.

“Não obstante os pedidos de impeachement aguardarem análise na Câmara Legislativa do DF, que até então tem utilizado ‘manobras' para obstar a criação de comissão responsável pela avaliação dos requerimentos, novas denúncias e vídeos divulgados pela imprensa noticiam a participação direta do governador e seus correligionários na obstrução da instrução processual”, argumentou o presidente da OAB.

No vídeo, segundo o pedido, aparece o Sombra recebendo bilhete enviado pelo governador, cuja autenticidade foi reconhecida pelo deputado Geraldo Neves (DEM) ao declarar publicamente que recebeu o bilhete das mãos de Arruda para ser entregue à testemunha.

Sombra denunciou a tentativa de suborno e o servidor Antônio Bento da Silva foi preso em flagrante ao entregar R$ 200 mil ao jornalista. Arruda diz que os dois são comparsas

O presidente da OAB afirmou que a permanência do governador no cargo pode causar dano à instrução processual. “A gravidade dessa conduta e o envolvimento direto do governador nesse e outros lamentáveis episódios que comprova a necessidade de rigorosa apuração, cuja seriedade do trabalho desenvolvido pela polícia judiciária e os membros do Ministério Público certamente conduzirão à apenação dos responsáveis”, justifica.

Por fim, o dirigente pede empenho do procurador para o imediato afastamento de Arruda ou, se for, o caso, sua prisão preventiva, alegando que não há ambiente para permanência de “agentes políticos que violaram inúmeros deveres e incorreram em diversas proibições inerentes ao exercício de qualquer função pública”.

Da Sucursal de Brasília,
Iram Alfaia