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Acusado de ligação com paramilitar, vice colombiano se justifica

O vice-presidente da Colômbia, Francisco Santos Calderón, reconheceu nesta quarta-feira (10) que manteve reuniões com líderes paramilitares de extrema direita há 14 anos, mas justificou que os encontros teriam sido por motivos "jornalísticos ou humanitários". Ele disse que espera que o procurador-geral investigue o caso, para refutar as denúncias na diligência deo próximo 4 de março.

Em 2007, o então líder do grupo paramilitar Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), Salvatore Mancuso, assegurou ter participado de uma reunião com o vice-presidente e seu primo, o ex-ministro da Defesa Juan Manuel Santos, realizada para discutir a formação de uma organização armada que freasse o avanço das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Posteriormente, outros chefes paramilitares, como Fredy Rendón Herrera, Rodrigo Tovar e Diego Fernando Murillo, confirmaram a versão de Mancuso. O caso havia sido investigado e arquivado pelo Ministério Público, que depois reabriu o processo, pois as provas não foram analisadas com a devida profundidade. Por isso, o órgão pediu que o vice-presidente apresente um depoimento livre na primeira semana de março sobre as acusações.

Santos disse que nunca negou suas reuniões com os líderes paramilitares, ocorridas entre 1996 e 1998, mas insistiu que o fez dentro de suas funções no jornal El Tiempo e como membro da Fundação País Livre, uma ONG que ele fundou dedicada à a luta contra o seqüestro.

"Se o bandido tem uma prova, uma apenas, que coloque sobre a mesa, estou muito tranquilo. Essas são as reuniões que foram públicas, que, por um lado, tiveram relação com situações humanitárias e, por outro, jornalísticas. Não teve nada a ver com essa sacanagem que dizem", declarou Santos Calderón a rádios locais.

Com agências