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Comparação entre Serra e Dilma nos interessa, diz Vaccarezza

Na defesa da propaganda dos 30 anos do PT que exibiu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a pré-candidata do partido à Presidência da República, Dilma Rousseff (Casa Civil), o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que o partido tem o direito de apresentar à população suas lideranças mais importantes. Vaccarezza afirmou que a propaganda não caracteriza campanha eleitoral antecipada uma vez que Dilma é a ministra mais importante do governo Lula.

"A Dilma é nossa pré-candidata, a principal ministra do governo Lula. É natural que, em um programa, apareçam a Dilma e o Lula. O PSDB fez um programa que apareceu os governadores [José] Serra e Aécio [Neves]. Nenhum dos dois nunca foi presidente do PSDB. Por que o programa foi direto entre os dois? Porque eram pré-candidatos [à Presidência]", disse o petista.

Na opinião de Vaccarezza, a oposição perde tempo ao questionar judicialmente atos do governo federal que, na interpretação do PSDB e do DEM, seriam propaganda eleitoral antecipada.

A oposição faz uma nova ofensiva hoje ao ingressar, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com mais uma representação contra Lula e Dilma por campanha antecipada –desta vez referente a evento do governo que os dois participaram em Minas Gerais na semana passada.

"O TSE já se posicionou sobre isso. A ministra Dilma não está usando o cargo para fazer campanha, nem o Serra. Mas a pessoa tem que sair de casa para exercer o seu mandato até abril", afirmou.

Comparações

Vaccarezza disse que o PT só vai deflagrar a campanha de Dilma depois que tiver início, efetivamente, a disputa eleitoral. O líder endossou a prioridade do partido de ter, como principal foco na campanha, a comparação entre as gestões de Lula e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Mas afirmou que o partido não teme a comparação direta entre Dilma e Serra –pré-candidato tucano ao Palácio do Planalto.

"A comparação entre Serra e Dilma nos interessa. A Dilma tem projeto para o futuro, a oposição precisa apresentar o projeto dela. Em 2002, o povo queria mudança e ele [Serra] era o candidato da situação. Em 2010, o povo quer continuidade e ele é o candidato da mudança", disse Vaccarezza.

O líder negou que o PT esteja realizando mudanças no texto do programa de governo do partido, que será apresentado em fevereiro. A versão preliminar mostra a disposição do PT em aumentar a estatização no país, mas Vaccarezza disse que o texto, até ser aprovado, terá diversas versões.

"Nenhuma diretriz foi aprovada ainda. O programa da ministra Dilma é outra coisa, quem vai decidir programa de governo será a candidata, construído por ela, partidos e quem ela quiser", afirmou.

Fonte: Folha Online