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BNDES investirá R$ 14 bilhões na petroquímica até 2013

O BNDES (Banco nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) "se prepara" para investir R$ 14 bilhões na petroquímica até 2013, afirma reportagem do Estado de S. Paulo nesta terça-feira (16). O jornal não menciona a fonte da cifra, mas cita executivos do banco que defendem a recente incorporação da Quattor pela Braskem, que "cria uma petroquímica brasileira forte".

Com a aquisição a Braskem se fortalece "para competir no mercado internacional, mas também ajuda a proteger o mercado brasileiro da invasão de resinas do Oriente Médio", diz o jornal. A avaliação foi feita aos jornalistas Alexandre Rodrigues e Kelly Lima pela chefe do Departamento de Indústria Química do BNDES, Cynthia Moreira, e pelo gerente do setor de petroquímica do banco, Gabriel Gomes. A estimativa do total de investimentos no setor chega a R$ 32 bilhões até 2013.

Na avaliação de Goimes, há uma "reviravolta" em curso na petroquímica mundial, que está deixando o caráter regional para criar um grande mercado global, onde a nova Braskem tem mais condições de disputar espaço.

Nesse sentido, Cynthia frisa que a incorporação da Quattor pela Braskem atende à visão do BNDES de que é preciso criar empresas globais brasileiras em vários setores, além de atingir um nível de consolidação na petroquímica desejado pelo banco desde o processo de privatização do setor. Ela lembra que a atividade é muito sensível à escala, determinante para a competição no mercado interno e mundial.

"Não achamos que, se não houvesse essa incorporação, não daria para enfrentar a concorrência externa. Existia uma preocupação de que o Oriente Médio iria invadir, mas, mesmo assim, estávamos lembrando que há muitas unidades novas, temos condições de competir. Mas é claro que agora há uma empresa bem mais forte", disse Cynthia.

No governo Lula, o BNDES, fortemente capitalizado, passou a atuar como um importante vetor de política industrial em projetos de médio e longo prazo. O próprio presidente da República repete com frequência que, como parte dela o país deve construir "as nossas multinacionais".

Com informações dO Estado de S. Paulo