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Die Linke protesta e é expulso de plenário na Alemanha

Os deputados do partido Die Linke da Alemanha foram expulsos nesta sexta-feira (26) do parlamento, porque levantaram cartazes contra a ocupação do Afeganistão, após a casa aprovar o envio de mais 850 militares ao país asiático.

Deputados do Die Linke

A Alemanha passa a ter no Afeganistão um contingente de 5.350 soldados, o que ainda não satisfaz os pedidos de "socorro" feitos pelo Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan).

No debate no parlamento alemão, os deputados do Die Linke ergueram cartazes protestando contra a ocupação, recordando o ataque alemão realizado em Kunduz, em 4 de setembro de 2009, que resultou na morte de dezenas de civis. Os cartazes portavam os nomes dos civis mortos pela tropa de ocupação alemã.

Norbert Lammert, presidente do parlamento, mandou que os manifestantes baixassem os cartazes, ordem que foi ignorada pela bancada de esquerda. Em seguida, Lammert ordenou que os representantes fossem expulsos do plenário.

Dagmar Enkelmann, líder da bancada do Die Linke, disse que o protesto visava chamar a atenção da opinião pública ao fato do governo alemão não ter pedido desculpas aos parentes das vítimas.

A medida foi aprovada pelos deputados dos partidos da coligação governamental CDU (direita, governista) e FDP (liberais direitistas), e também pelos do SPD (social-democratas).

Contra a medida votaram 11 deputados, a maioria deles do Die Linke e do Partido Verde. Em um total de 622 deputados, 429 foram favoráveis ao envio de mais soldados à ocupação, indo contra a opinião pública alemã, enquanto 111 votaram contra.

A decisão terá ainda de ser aprovada pelo Conselho Federal (composto por representantes dos 16 Estados), mas onde a direita alemã maioria absoluta.

Da redação, com agências internacionais