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Uma decisão histórica

As Centrais convocam a 2ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora

Uma decisão tomada em 21 de janeiro promete mexer fundo com a vida dos trabalhadores e da luta sindical no Brasil: o Fórum das Centrais Sindicais (formado pela CTB, CUT, FS, UGT, NSC e CGTB) convocou, em reunião realizada em São Paulo, na sede da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), uma nova Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat) para o próximo dia 1º de junho. Ela será um marco na história do movimento sindical e terá uma importância política extraordinária para o país, avalia Wagner Gomes, presidente da CTB.

A Conclat é uma demanda antiga. Ela já apareceu em dezembro de 2007, durante o congresso de fundação da CTB. Hoje, sua convocação pelas centrais aponta para a unificação, em outro patamar, do movimento sindical brasileiro, aumentando o protagonismo político dos trabalhadores e criando as condições para elevar sua influência nas eleições de outubro deste ano.

O objetivo da Conclat, diz Wagner Gomes, “será debater e expor ao Brasil a visão da classe trabalhadora sobre um novo projeto de desenvolvimento nacional”. Para isso, será elaborado um documento com propostas apoiadas pelo conjunto do movimento sindical em busca do “desenvolvimento nacional e da melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e trabalhadoras”, disse.

“Defendemos um projeto de nação”, acrescentou, “fundado na valorização do trabalho e numa distribuição mais justa da renda nacional, que é produzida pela classe trabalhadora”. Para ele, a unidade das seis centrais sindicais em torno desse projeto será “um acontecimento histórico, pois por meio dele iremos participar ativamente da disputa eleitoral de 2010, com a classe unida e a opinião dos trabalhadores muito bem definida”. Este é, disse, “um grande feito político”.

A aprovação desse documento unitário será submetida pelas centrais a mais de 10 mil sindicalistas em todo Brasil que, além disso, vão definir também o apoio a um candidato ou candidata à Presidência da República para dar continuidade ao projeto político implementado no país desde 2002 e aprofundar as mudanças. Depois de aprovado, o documento “servirá como base para avaliar qual candidato ou candidata terá condições de implantá-lo e quem merece o apoio da classe trabalhadora”, arrematou Wagner Gomes, para quem a convocação da nova conferência é um grande acontecimento que “deve ser destacado em letras garrafais pelo movimento sindical brasileiro”.