Movimentos sociais fazem passeata e marcam presença na Cinelândia
As movimentações pelos 100 anos do Dia Internacional da Mulher, no dia 8, não ocorreu apenas no ato que reuniu o presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff, na Leopoldina. Entidades do movimento social estiveram desde o começo da manhã na Cinelândia e realizaram na parte da tarde uma passeata com mais de 800 pessoas.
Publicado 10/03/2010 21:03 | Editado 04/03/2020 17:04
Na parte da manhã, diversas entidades ocuparam a Cinelândia, como a Unegro, UJS, Sepe, Cebrapaz, os sindicatos dos metalúrgicos e dos trabalhadores dos Correios e a UEE, entre outras.
Neste 8 de março as entidades pediram mais poder político para as mulheres. Segundo a direção da UBM, “é fundamental superar a sub-representação feminina na política e em todos os espaços de poder para impulsionar o avanço da democracia no Brasil”.
Os dados mostram que entre 1987 e 2002, 76 deputadas chegaram a Câmara Federal, que possui 513 parlamentares. Em 2006, esse número aumentou, mas ainda não chega a 9% do total, colocando o Brasil entre os 60 países com a pior participação das mulheres no Congresso Nacional.
Ruas com nomes de mulheres
Na parte da tarde, mais de 800 mulheres e homens se reuniram na Candelária, de onde saíram em passeata pelo centro da cidade. Pelo caminho, os manifestantes ressaltaram as lutas históricas e promoveram a troca dos nomes das ruas. Desta forma, a Avenida Rio Branco ganhou o nome da Clara Zetkin, a mulher que propôs a comemoração do Dia Internacional da Mulher; já na Cinelândia, a homenageada foi a comunista Elza Monnerat, uma das guerrilheiras do Araguaia.