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Uribe acusa 'governo estrangeiro' de intervir na eleição colombiana

Disposto a criar um clima de tensão e insegurança, o presidente colombiano Alvaro Uribe afirmou nesta quarta-feira (10) que haveria "uma perversa influência estrangeira" na campanha política para eleger seu sucessor. Ele leu trechos de um documento que atribuiu a "um governo estrangeiro que pretende intervir" em seu país.

"Quero denunciar novamente a todos os colombianos que há governos estrangeiros que estão vetando candidatos à Presidência da Colômbia e pretendendo impor candidatos à Presidência da Colômbia", ressaltou Uribe em declarações a uma emissora de rádio local, em uma clara tentativa de desviar a atenção dos colombianos dos reais problemas do seu país.

Segundo Uribe, no referido documento de inteligência, o governo de outro país assinala que um determinado candidato – sem citar qual – pode oferecer "as condições para uma distensão e para ações inovadoras e com visão de médio prazo, pensadas para influenciar na mudança da Colômbia".

Sem indicar a que governo se referia, o mandatário colombiano disse que "assume a responsabilidade de denunciar esta ingerência à opinião pública internacional" e "de pedir ao país que não permita que governos estrangeiros vetem candidatos ou imponham candidatos à Presidência da Colômbia". Com a denúncia vazia, Uribe pretende, mais uma vez, alimentar o clima de tensão no país – do qual ele sempre tirou proveito -, numa tentativa de unir a nação em torno dele, diante de uma suposta 'provocação estrangeira'.

Na segunda-feira, Uribe já havia pedido a seus compatriotas que evitassem as pressões de governos estrangeiros ao eleger seu sucessor nas eleições de 30 de maio. "Nós, colombianos, não podemos deixar que os governos estrangeiros nos pressionem para que elejamos o candidato que eles desejam. Temos que escolher o candidato que os colmbianos queres, a política que os colobianos querem, não a que nos querem impor de fora"

Os colombianos irão às urnas para eleger um novo presidente para o período 2010-214 em eleições em dois turnos.

Com agências