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Cria de Uribe, ex-ministro da Defesa se lança à presidência

O ex-ministro da Defesa Juan Manuel Santos foi proclamado candidato à presidência da Colômbia pelo Partido Social da Unidade Nacional, do atual presidente Álvaro Uribe, para as eleições do próximo dia 30 de maio. Em 26 de fevereiro a justiça colombiana rejeitou a lei do referendo, que permitiria à população do país decidir sobre a possibilidade de Uribe tentar se reeleger para um terceiro mandato.

Santos, considerado o herdeiro político do presidente, fez um discurso focado na continuidade da denominada política de "segurança democrática" e na extensão do trabalho desenvolvido por Uribe. Na fala de aceitação, ele disse que era "uma imensa honra" receber a nomeação como candidato e agradeceu "ao presidente Uribe pela fé que depositou" nele.

De acordo com ele, o própósito de sue partido será "defender, continuar e melhorar" a "obra" de Uribe. Santo afirmou que, contudo, o governo enfrenta "ameaças". "Golpeamos as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) como nunca, mas, como diz Uribe, a cobra segue viva", colocou, num claro sinal de que a negociação da paz na Colômbia não é uma prioridade. Dessa forma, o ex-ministro assegurou que não vai descansar até "erradicar totalmente a violência narcoterrorista".

Santos confirmou no fim de fevereiro a sua intenção de ser candidato presidencial, após a decisão da justiça que impossibilitou um terceiro mandato para Uribe. Ele aparece nas sondagens com ampla popularidade, apesar da controvérsia que envolveu a sua liderança do Ministério da Defesa. 

O ex-ministro foi apontado como um dos responsáveis pelo bombardeio promovido pela Colômbia contra um acampamento de guerrilheiros situado em território equatoriano. A ação, realizada há dois anos, matou 26 pessoas, entre elas Raúl Reyes, então número dois na hierarquia das Farc. O episódio levou o presidente Rafael Correa a romper as relações bilaterais com Bogotá.

Pesquisa

De acordo com a recente pesquisa do instituto Ipsos Napoleão Franco, que foi a primeira divulgada após a decisão do tribunal contra o referendo que viabilizaria o re-reeleição de Uribe, Santos teve 23% das intenções de voto, derrotando o candidato do Pólo Democrático Alternativo, Gustavo Petro, que chegou a 11%.

O terceiro lugar na pesquisa ficou com o candidato do Partido Mudança Radical, Germain Vargas Lleras, com 9%, enquanto o independente Sergio Fajardo obteve a quarta posição, também com 9%, seguido pelo liberal Rafael Pardo, com 6%.

Os colombianos irão às urnas em 30 de maio para eleger o presidente e o vice-presidente da República e poderão retornar para um segundo turno em 20 de junho, caso nenhum candidato atinja mais da metade dos votos válidos.

Com agências