Colômbia realiza legislativas de olho na sucessão de Uribe
A Colômbia renova, neste domingo (14), seu Congresso para o período 2010-2014, em eleições que servirão, também, de prévia para a escolha do sucessor do presidente Alvaro Uribe, que se fará no pleito dos dias 30 de maio e 20 de junho. Não há, contudo, grandes expectativas de uma mudança de curso no país, que faz contraponto aos governos progressistas da região.
Publicado 12/03/2010 16:53
Cerca de 29,8 milhões de colombianos irão às urnas para escolher, entre 2.539 candidatos, os que vão ocupar 102 cadeiras do Senado e 166 da Câmara. Além disso, serão eleitos cinco deputados para o Parlamento Andino, e os partidos Conservador e Verde farão consultas internas para definir seu candidato presidencial.
O país é talvez o mais distoante no cenário dos avanços progressistas da América Latina. Sob o governo Uribe, a Colômbia se mantém submissa aos interesses dos Estados Unidos e, em muitos momentos, tem se colocado como um entrave à intergação regional.
A eleição legislativas será realizada de duas maneiras: nas legendas dos partidos e em voto uninominal. Os colombianos residentes no exterior poderão votar em 1.149 zonas eleitorais instaladas em 60 países. A expectativa, de acordo com agências, é a de que nestas eleições os partidários do presidente Uribe mantenham a maioria no Congresso, enquanto a oposição enfrenta o desafio de conservar as próprias cadeiras.
"Os partidos que fazem parte da coalizão do governo poderão se fortalecer". Para o analista Fernando Cano, até agora não há "elementos que façam pensar que haverá uma grande surpresa capaz de modificar o mapa político colombiano".
Mas os resultados por partido terão uma influência determinante nas eleições presidenciais, sobretudo após a Corte Constitucional ter abolido há duas semanas a possibilidade de que Uribe, o político com maior popularidade na Colômbia, optar por um terceiro mandato consecutivo.
"Quem conseguir a maioria terá maior margem de manobra no Congresso e isso dará ao próximo presidente mais ou menos governabilidade", afirmou Rodrigo Losada, da Universidade Javeriana.
Com agências