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Colômbia realiza legislativas de olho na sucessão de Uribe

A Colômbia renova, neste domingo (14), seu Congresso para o período 2010-2014, em eleições que servirão, também, de prévia para a escolha do sucessor do presidente Alvaro Uribe, que se fará no pleito dos dias 30 de maio e 20 de junho. Não há, contudo, grandes expectativas de uma mudança de curso no país, que faz contraponto aos governos progressistas da região.

Cerca de 29,8 milhões de colombianos irão às urnas para escolher, entre 2.539 candidatos, os que vão ocupar 102 cadeiras do Senado e 166 da Câmara. Além disso, serão eleitos cinco deputados para o Parlamento Andino, e os partidos Conservador e Verde farão consultas internas para definir seu candidato presidencial.

O país é talvez o mais distoante no cenário dos avanços progressistas da América Latina. Sob o governo Uribe, a Colômbia se mantém submissa aos interesses dos Estados Unidos e, em muitos momentos, tem se colocado como um entrave à intergação regional.

A eleição legislativas será realizada de duas maneiras: nas legendas dos partidos e em voto uninominal. Os colombianos residentes no exterior poderão votar em 1.149 zonas eleitorais instaladas em 60 países. A expectativa, de acordo com agências, é a de que nestas eleições os partidários do presidente Uribe mantenham a maioria no Congresso, enquanto a oposição enfrenta o desafio de conservar as próprias cadeiras.

"Os partidos que fazem parte da coalizão do governo poderão se fortalecer". Para o analista Fernando Cano, até agora não há "elementos que façam pensar que haverá uma grande surpresa capaz de modificar o mapa político colombiano".

Mas os resultados por partido terão uma influência determinante nas eleições presidenciais, sobretudo após a Corte Constitucional ter abolido há duas semanas a possibilidade de que Uribe, o político com maior popularidade na Colômbia, optar por um terceiro mandato consecutivo.

"Quem conseguir a maioria terá maior margem de manobra no Congresso e isso dará ao próximo presidente mais ou menos governabilidade", afirmou Rodrigo Losada, da Universidade Javeriana.

Com agências