Critérios de vacinação não bloqueiam a transmissão do vírus H1N1

Até o dia 18 de março os profissionais da saúde pública e privada estarão recebendo a vacina contra a Influenza (H1N1). Mas não são todos que serão vacinados. O critério é que a vacinação seja dada apenas para os estejam envolvidos na resposta à pandemia. A justificativa é que esses profissionais não podem adoecer ou morrer porque senão não teria quem atendesse os pacientes com suspeita da gripe.

“Esta é uma estratégia de guerra por falta de vacinas na quantidade necessária. Fica aí a pergunta: como é que o setor privado já está oferecendo a vacina a partir de abril se não tem doses para todo mundo?” Questiona Moacyr Esteves Perche, médico sanitarista e presidente do Sindicato dos Médicos de Campinas e Região (Sindimed).

Para Perche os setores de vigilância sanitária de vários municípios da Região Metropolitana de Campinas não tem fornecido informações claras sobre quais profissionais de fato devem ser vacinados. Um exemplo é a matéria divulgada no site da prefeitura de Mogi Guaçu que deixa dúbia a informação sobre essa primeira etapa da vacinação.

Pela Nota Técnica nº 011/2010, do Ministério da Saúde, a vacinação é obrigatória para os profissionais de saúde do setor publico e privado: "Serão vacinados os trabalhadores que estejam inseridos nos serviços públicos e privados, que fazem atendimento a pacientes com suspeita de síndrome gripal e manejo de secreções respiratórias, assim como os profissionais envolvidos nas ações de vigilância relativas à pandemia. O objetivo dessa vacinação é manter o funcionamento e a sustentabilidade dos serviços de saúde envolvidos na resposta à pandemia."
Fica a questão: quem pode e quem não pode contrair a gripe? “Na verdade essa campanha de vacinação não bloqueia a transmissão do vírus, além do fato de que toda a população tem o direito de ser imunizada”, lembra Perche.

Fonte: Sindimed – Campinas