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Obama intensifica ações para aprovar reforma da saúde

Grande parte do futuro político de Barack Obama dependerá da aprovação de seu projeto de reforma do sistema de saúde dos Estados Unidos, que esta semana passará — ou não — pelo crivo do Senado, fazendo com que o presidente americano e seus aliados trabalhem duro contra a oposição republicana, empresários e correntes conservadoras.

Postergando uma visita internacional à Indonésia e à Austrália, Obama foi nesta segunda-feira (15) para o estado de Ohio e, em visita a uma casa de repouso, reiterou a idosos americanos que a nova legislação ainda a ser aprovada os ajudaria.

Obama afirmou aos idosos que a nova lei iria baratear os custos de cuidados médicos preventivos, além de cobrir em parte os custos de medicações.

"Essa proposta adiciona quase uma década de solvência aos cuidados médicos", disse Obama, em referência ao programa de reforma da saúde para os idosos.

Os republicanos, desde o princípio, decidiram fazer o que fosse possível para detonar a iniciativa, não necessáriamente por não concordar com as propostas, mas porque consideram que "matar" a reforma seria politicamente um golpe mortal para a administração Obama.

O principal conselheiro político de Obama, David Axelrold, disse que o presidente estava "absolutamente confiante" de que a reforma que já adiou sua viagem para a Indonésia e Austrália iria ser aprovada nesta semana.

"Essa é a semana na qual teremos esse importante voto", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.

Sem nenhuma intenção de negociar, os republicanos procuraram criar obstáculos à reforma desde seu início, com campanhas, entre outras coisas, que distorceram os elementos da reforma e que chegaram inclusive a dizer que ela era "socialista".

A campanha de Obama para oferecer cobertura médica para todos os americanos gastou boa parte dos primeiros 14 meses de sua presidência. Para o presidente, a reforma na saúde é essencial para os Estados Unidos, assim como para uma recuperação econômica a longo prazo.

Há mais de 40 milhões de pessoas nos Estados Unidos sem qualquer tipo de assistência médica. Uma média de 44.789 trabalhadores americanos morrem a cada ano por não ter seguro médico, revelou um estudo divulgado em setembro de 2009 pela revista American Journal Public Health em sua edição eletrônica.

Da redação, com agências